Por Jean Silva* - Jornal da USP - 1 de novembro de 2024 - Tucuruvi,…
Baleia doente encalhada tinha 30 sacos de plástico no estômago
Pesquisador exibe sacos de plástico encontrados no estômago de baleias de 2 toneladas – AP
Tendência é que material não reciclável seja mais presente nos oceanos do que vida marinha em 2050
Zoólogos noruegueses descobriram esta sexta-feira cerca de 30 sacos de plástico e outros resíduos plásticos no estômago de uma baleia-bicuda-de-cuvier que havia encalhado na costa sudoeste do país.
Segundo Terje Lislevand, pesquisador da Universidade de Bergen, a baleia, que pesava 2 toneladas e sofreu eutanásia, estava visivelmente doente. Seu intestino “não tinha comida, apenas alguns restos de cabeça de lula, além de uma fina camada de gordura”.
Lislevand avalia que os resíduos não-biodegradáveis foram “provavelmente a razão” para que a baleia tenha encalhado no último sábado nas águas rasas de uma ilha localizada a oeste de Bergen, a cerca de 200 quilômetros a noroeste de Oslo. A espécie não costuma ser encontrada em águas norueguesas.
A Organização das Nações Unidas estima que 8 milhões de toneladas de lixo plástico são despejadas nos oceanos a cada ano.
No início do ano passado, especialistas alertaram que haverá mais plástico do que vida marinha nos oceanos até 2050.
Pelo menos 8 milhões de toneladas de plástico são despejados anualmente no oceano — o equivalente a um caminhão de lixo a cada minuto, de acordo com um relatório do Fórum Econômico Mundial. A tendência é que este índice aumente cada vez mais, especialmente em países de economia emergente com regimes fracos de reciclagem.
A ONU estima que 8 milhões de toneladas de lixo plástico são despejadas nos oceanos a cada ano.
Plástico biodegradável em conformidade com normas é a solução para plásticos que dificilmente são reciclados e com grande chance de serem incorretamente descartados no meio ambiente.
Plástico verde não degradável de origem renovável e os plásticos convencionais serão encontrados em maior quantidade e serão mais abundantes nos oceanos do que a vida animal.
Além disto, os falsos plásticos biodegradáveis que não atendem normas, por exemplo ABNT PE-308.01, BS 8472, entre outras, são iguais aos plásticos convencionais ou verdes de origem renovável, com um aspecto ainda pior: Enganam o consumidor e autoridades.
Fonte – O Globo de 03 de fevereiro de 2017
Boletim do Instituto IDEAIS de 13 de fevereiro de 2017
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