Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Bitucas de cigarro somam maior parte de lixo dos oceanos
Ao longo de 32 anos foram coletados mais de 60 milhões de bitucas.
Vivemos no ano escolhido pela ONU para tratar sobre a problemática do lixo plástico – e, de fato, ninguém sairá de 2018 sem saber o mal que um simples canudinho pode causar. Mas, agora um novo estudo afirma que a bituca de cigarro é a contaminante número um nos oceanos, e não o plástico.
Desde 1986, a Ocean Conservancy patrocina anualmente a limpeza de praias. Ao longo de 32 anos foram coletados mais de 60 milhões de bitucas nos mares. Este foi o item mais encontrado nas praias do mundo pelo projeto de limpeza da organização, representando um terço de tudo que é retirado dos mares. Ou seja, um volume maior que invólucros plásticos, recipientes, tampas de garrafas, talheres e garrafas somados. Além disso, os pesquisadores encontraram resíduos de cigarro em cerca de 70% das aves marinhas e 30% das tartarugas marinhas.
As bitucas de cigarro possuem plástico nos filtros que não são biodegradáveis. Eles contêm fibras sintéticas e centenas de produtos químicos usados para tratar o tabaco. Tenha em mente que cerca de 5,5 trilhões de cigarros são produzidos a cada ano em todo o mundo, sendo que a maioria deles possuem filtros feitos de acetato de celulose – que pode levar uma década ou mais para se decompor. E, logicamente, uma parcela mínima é descartada corretamente. Dos bueiros e córregos, as bitucas percorrem um longo caminho até poluir nossos oceanos.
Os dados foram revelados pela organização “Projeto de poluição por bitucas de cigarro”, cujo fundador, Thomas Novontny, é professor de saúde pública da Universidade Estadual de San Diego. Em entrevista concedida à NBC News, publicada na última segunda-feira (27), ele afirma que os filtros não proporcionam benefícios à saúde e servem apenas como ferramenta de marketing. Para ele, qualquer movimento contra filtros exigirá a participação e união de órgãos ligados à saúde e meio ambiente. Saiba mais sobre a instituição aqui.
O grande vilão?
É fácil esvaziar as discussões ambientais elegendo um grande vilão da vez. Porém, a poluição plástica, a acidificação dos oceanos, o degelo no Ártico são também problemas reais e tão urgentes quanto. Estamos há anos explorando todas as riquezas naturais e o que estamos devolvendo em troca? É preciso tomar a responsabilidade para si. Aqui no CicloVivo sempre trazemos bons exemplos de pessoas, iniciativas e até mesmo empresas que estão fazendo sua parte para tornar o mundo um pouquinho melhor. Fica abaixo algumas histórias que podem te inspirar.
Fonte – Marcia Sousa, CicloVivo de 29 de agosto de 2018
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