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Boletim do Instituto Ideais – IPT testa sacolas a pedido da Rede Globo. Resultados surpreendem.

IPT testa sacolas a pedido da Rede Globo. Depois de 45 dias de testes, os resultados surpreendem e servem de alerta contra falsas sacolas biodegradáveis, ou de amido.

Sacolas de plástico convencional, de papel e outras rotuladas como oxibiodegradáveis, assim como as de amido em sua composição foram coletadas pela reportagem da Globo e enviadas para testes no IPT. Curiosamente, os resultados mostram que sacolas plásticas convencionais foram mais biodegradáveis em 45 dias do que as impressas como de amido e oxibiodegradáveis. A matéria foi ao ar no jornal SPTV da Rede Globo do dia 15/05.

O Instituto IDEAIS entrou em contato com a Rede Globo para perguntar se as sacolas foram previamente testadas para saber se de fato eram fabricadas com derivados de amido ou se continham algum aditivo. A Rede Globo não soube informar.

Também questionamos: a razão da comparação com sacola de papel; se os testes foram conduzidos de acordo com normas vigentes; e qual o motivo do teste ter sido realizado em 45 dias, quando nem palha biodegrada na natureza neste curto período de tempo.

Informamos a Globo sobre nossas certificações, testes, laudos das tecnologias certificadas, e sobre a existência de normas internacionais para medição de biodegradação e que estas normas consideram as diferenças entre materiais, local de destinação final e condições ambientais. Oferecemos nosso aparelho Bruker XRF para que amostras de sacolas sejam testadas para conferir sua composição e se de fato receberam aditivos na sua produção.

A Rede Globo deixou registrado o nosso contato telefônico e web site para acesso antes de futuras reportagens e testes com plásticos biodegradáveis.

O Instituto IDEAIS toma esta reportagem como exemplo para informar que a falsa comunicação, rotulagem, propaganda e divulgação de informações é crime previsto no Código de Defesa do Consumidor e no Código Penal Brasileiro. Os responsáveis pela fabricação e distribuição de embalagens plásticas que não consigam confirmar através de laudos e certificações independentes a informação e atributos informados ao consumidor são responsáveis solidários perante a justiça, inclusive os fornecedores de aditivos, matéria prima e tecnologias.

Existem no mercado materiais, tecnologias e marcas que prometem biodegradabilidade, seja através de oxibiodegradação, hidrobiodegradação ou compostabilidade e na realidade não atendem a qualquer norma e critério.
Alguns destes materiais / produtos finais, já testados com o XRF são de fato degradáveis por ação de raios ultra violeta ( UV ). São chamados tecnicamente e normalizados como Fotodegradáveis. Estes materiais degradam em fragmentos na presença de raios UV, mas na sua ausência o processo é interrompido, ou nem acontece, e não ocorre a posterior biodegradação.

Nem seria preciso utilizar tais substâncias foto degradantes para presenciar a foto degradação de um polímero. Basta utilizar resinas sem protetores UV para que a foto degradação aconteça na presença de UV.

Embalagens plásticas foto-degradáveis devem ter impressa essa informação de forma clara para não confundir e enganar as empresas e consumidores. Nem todo plástico foto-degradável é biodegradável. Nem todo plástico biodegradável é degradado por raios UV.

O Instituto IDEAIS está à disposição dos fabricantes e usuários finais de embalagens biodegradáveis para testes de detecção de presença de substâncias promotoras de biodegradabilidade em polímeros plásticos, assim como para testes de presença de metais pesados de acordo com a diretiva RoHS.

Fonte – Instituto Ideais, boletim de 22 de maio de 2012

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