Por Pedro A. Duarte - Agência FAPESP - 12 de novembro de 2024 - Publicado…
Brasil capta US$ 2 bi em segundo sustainable bond
Por Vanessa Adachi – ReSet – 20 de junho de 2024 – Nova emissão de dívida soberana repete valor da primeira, realizada em setembro; demanda atingiu US$ 4,7 bi.
Sete meses depois de fazer sua primeira emissão de dívida soberana ESG, o Brasil acaba de fechar a segunda operação do tipo, repetindo o valor captado de US$ 2 bilhões.
Os sustainable bonds são títulos de dívida sustentáveis em que os recursos são carimbados para projetos com benefícios ambientais e sociais.
O governo brasileiro se comprometeu a destinar, no prazo de até 24 meses, valor equivalente ao captado a projetos verdes e/ou sociais contemplados no relatório de alocação indicativa, que se baseia no arcabouço para títulos soberanos sustentáveis que o Tesouro divulgou em setembro do ano passado.
A demanda dos investidores pelos papéis, que tem prazo de sete anos, totalizou US$ 4,7 bi e entre os investidores estão nomes tradicionais como BlackRock, Pimco e Wellington.
O rendimento dos títulos (yield) ficou em 6,375% ao ano, 25 pontos básicos abaixo da taxa sinalizada na abertura da operação, de 6,625%.
E também ligeiramente abaixo do rendimento da primeira operação de sustainable bonds (6,45%).
O cenário doméstico turbulento não afetou a percepção de risco dos investidores estrangeiros.
“O olhar estrangeiro para Brasil segue positivo e deve fomentar novas operações de dívida no mercado externo antes das férias no hemisfério Norte”, diz Caio de Luca, chefe de debt capital markets do Bank of America no Brasil.
Na primeira emissão, boa parte dos recursos foi destinada ao Fundo Clima, gerido pelo BNDES.
Durante o prazo de vigência da dívida, o Tesouro Nacional terá que publicar dois relatórios anuais para comprovar os atributos sustentáveis: um relatório de alocação, que poderá ser certificado de forma independente, e outro de impacto, para detalhar os benefícios alcançados com o uso dos recursos.
A operação foi coordenada por Bank of America, Goldman Sachs e HSBC.
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