BRÓCOLIS

Por Revista Jardins – Texto em português de Portugal

Brassica oleracea var. italica

Altura: 30-40 cm.

Época de sementeira: As plantas podem ser semeadas em viveiro, entre junho e janeiro; aproximadamente dois meses a dois meses e meio depois, podem ser transplantados para vasos ou canteiros.

Local de cultivo aconselhado: Preferem solos ácidos, bem drenados e de texturas ligeiras, ricos em matéria orgânica, boa capacidade de retenção de água e com pH de 6,5.

Manutenção: A rega deve ser abundante e regular durante a fase de crescimento da inflorescência, pois a falta de água pode causar uma floração precoce, o que diminui a qualidade do brócolis.

Devem fertilizar-se com composto curtido (4 kg/m2) – sendo uma cultura exigente em potássio, dá-se bem com um composto que contenha consolda e cinzas.

Os brócolos (Brassica oleracea var. italica) pertencem à família das Brassicáceas e são, portanto, uma planta bienal.

São originários da região do Mediterrâneo Oriental e só na segunda metade do século XX se tornaram populares fora de Itália.

São ricos em vitaminas A, B5, B9, C e K e são uma boa fonte de fibra.

É-lhes conferido poder anticancerígeno pela presença de glucosinolatos.

Da planta consomem-se as inflorescências ainda por abrir, o que o torna um alimento muito rico em nutrientes, e também se podem consumir as suas folhas jovens.

Condições ótimas de cultivo

Os brócolos são uma cultura de estacão fresca; a formação da flor é induzida pelo frio (10 ºC a 15 ºC), e são tolerantes à geada.

Preferem solos ácidos, bem drenados e de texturas ligeiras, para lhe dar apoio suficiente, ricos em matéria orgânica, boa capacidade de retenção de água e com pH de 6,5.

As temperaturas ótimas para o desenvolvimento da cultura são entre os 13ªC e os 20ªC. Abaixo dos 5ºC, o desenvolvimento torna-se lento.

Sementeira e/ou plantação

As plantas podem ser semeadas em viveiro, entre junho e janeiro; aproximadamente dois meses a dois meses e meio depois, podem ser transplantados para vasos ou canteiros.

Em alternativa, podem adquirir-se as plantas já com quatro ou cinco folhas em lojas da especialidade, enterrando a planta até às primeiras folhas.

O transplante deve ser feito com o maior cuidado possível, pois estas plantas são sensíveis a distúrbios nas raízes.

Distancie as plantas 30 cm entre si, em filas com 45 cm de distância.

A rotação de culturas é importante para evitar a hérnia-das-crucíferas.

Precedentes culturais desfavoráveis: outras crucíferas (qualquer membro da família das couves).

Precedentes culturais favoráveis: batata, cebola, tomate, melão e milho.

Consociações favoráveis: aipo, alface, batata, camomila, cebola, espinafre, funcho, hortelã-pimenta, rosmaninho e salva.

Cuidados culturais

Devem escolher-se cultivares adequadas a cada época do ano e manter as plântulas mondadas e bem regadas até estas se estabelecerem.

A rega deve ser abundante e regular durante a fase de crescimento da inflorescência, pois a falta de água pode causar uma floração precoce, o que diminui a qualidade do brócolo.

Na fase da floração, deve moderar-se a rega e depois deste período não se recomenda a rega aérea, uma vez que pode ser potenciado o ataque de fungos.

Os brócolos são uma cultura exigente em fertilizante, no entanto, o excesso de azoto poderá provocar o desenvolvimento foliar excessivo e consequentemente prejudicar a qualidade das cabeças.

Deve usar-se composto curtido (4 kg/m2) – sendo uma cultura exigente em potássio, dá-se bem com um composto que contenha consolda e cinzas.

Para afastar pássaros, lagartixas e borboletas, podem cobrir-se as plantas com tule.

Colheita e conservação

A maioria das variedades de brócolos tem um crescimento relativamente rápido e estarão prontos a colher três a quatro meses após a sementeira.

A colheita pode durar vários meses, entre novembro e junho, uma vez que, quando se corta a inflorescência principal, a planta produz inflorescências secundárias de menor calibre na axila das folhas, que podem ser cortadas à medida das necessidades.

Os brócolos não se conservam por muito tempo e devem conservar-se na geladeira e utilizados nos dias a seguir à colheita.

Se a colheita for demasiado abundante, poderá congelar.