Entrevista concedida pela FUNVERDE para a revista HM! sobre as malditas sacolas plásticas de uso…
Calçadas permeáveis – uma solução contra as enchentes
As águas de março estão chegando mais cedo – e trazendo muitos problemas para quem mora na cidade. A grande quantidade de concreto, asfalto e rios canalizados dificulta o escoamento de todo aquele volume trazido pelas chuvas de verão, e o resultado não poderia ser outro: enchente, e todos problemas que vem junto com ela.
O Living Design acredita que, como cidadãos, devemos fazer o possível para deixar o local onde moramos mais agradável para se viver. Por isso, já que aqui em São Paulo nós somos responsáveis pela calçada em frente à nossas casas (ou comércios), por que não adotar uma medida sustentável para diminuir um pouco a quantidade de solos impermeáveis que temos por aqui?
Uma solução são os blocos de concreto permeáveis, uma tecnologia que já está disponível no Brasil. Eles podem ser encontrados facilmente nas grandes lojas de materiais de construção, seu preço é acessível e existem uma série de modelos para facilitar a adequação estética.
Abaixo, o artigo do arquiteto e secretário executivo da BlocoBrasil (Associação Brasileira dos Fabricantes de Blocos de Concreto), Carlos Alberto Tauil, explica mais sobre os blocos de concreto permeáveis, e ainda sugere maneiras alternativas para o combate às enchentes. Confira:
Contra as enchentes, calçadas e praças com pisos permeáveis
“As enchentes que afetaram a vida dos paulistanos e de muitos brasileiros de diversos estados neste início de dezembro certamente se repetirão, se não forem tomadas providências estruturais para evitá-las. Entre outros fatores, os especialistas sabem que a crescente impermeabilização da cidade, com calçadas, praças e áreas internas de condomínios e casas tendo cada vez mais reduzidas suas áreas permeáveis (jardins, estacionamentos, pontos de passagem etc.), soma-se ao fato de que mais ruas são asfaltadas e os córregos canalizados. Como conseqüência, um volume maior de água vai para os córregos que, devido à canalização, também encaminham essa quantidade muito maior de água e em maior velocidade e ao mesmo tempo aos grandes rios – Tietê e Pinheiros, no caso de São Paulo -, tornando as enchentes, muitas vezes, uma tragédia praticamente inevitável.
A prefeitura paulistana lançou neste mês de novembro um decreto (49.544/09) que busca a padronização e a reforma de calçadas em cerca de 600 km de rotas estratégicas da capital paulista e propõe a construção de 350 km de calçadas novas. Serão cerca de 300 ruas e avenidas a serem reformadas pela prefeitura, sob a orientação das secretarias municipais das Subprefeituras e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. A relação de calçadas divulgada pela prefeitura é resultado do Plano Emergencial de Calçadas (PEC), criado pela 14.675, de autoria da vereadora paulistana Mara Gabrilli. De acordo com a prefeitura de São Paulo, em 2005, com a publicação do decreto 45.904, que regulamenta o Programa Passeio Livre, a cidade passou a priorizar a acessibilidade e definiu os materiais permitidos para as reformas que são: o concreto moldado in loco, os blocos de concreto intertravado, as placas pré-moldadas de concreto e o ladrilho hidráulico. O decreto prevê ainda a readequação do mobiliário urbano, melhorando a drenagem e a livre circulação de pedestres
Toda essa preocupação da prefeitura paulistana com a acessibilidade e a mobilidade urbana, que devem ser bem propiciadas pelas calçadas, é muito correta. Mas tanto a prefeitura quanto os empreendedores privados do mercado imobiliário, proprietários de imóveis comerciais, industriais e outros e síndicos de condomínios e proprietários de residências unifamiliares devem pensar em alternativas para aumentar a permeabilidade de nossas calçadas, praças e demais áreas que hoje estão sendo impermeabilizadas com concreto ou asfalto. Já existem no mercado brasileiros pisos intertravados de concreto com coeficiente de permeabilidade bastante elevado e que ajuda a infiltrar a água no solo, diminuindo bastante o volume de água que é conduzido aos córregos (canalizados ou não) e, por sua vez, destes aos grandes rios de nossas metrópoles.
Os pisos intertravados de concreto permeáveis unem em um só produto um conjunto de qualidades que os recomendam ao administradores públicos e privados, contratantes e especificadores (arquitetos, paisagistas, engenheiros) de obras de calçadas, praças e pavimentos internos de condomínios comerciais e residenciais: oferecem alternativas estéticas (cores e formas) que permitem projetar com beleza, obedecem a padrões de qualidade elevados e têm custo acessível, comparado a outras soluções. Representam portanto alternativa eficaz contra a impermeabilização do solo urbano e devem cada vez mais constar das possibilidades de uso em normas legais das cidades brasileiras.”
Em Maringá, existe uma norma de que exige que as calçadas sejam feitas destes blocos intertravados de concreto, que aqui chamamos de paver, mas infelizmente não vemos os fiscais da prefeitura cobrando esta obrigatoriedade, o que é uma pena, porque a cidade está ficando totalmente impermeabilizada. É o caso da lei ou norma ser boa mas se não houver fiscalização o benefício é nulo.
Este tipo de piso favorece o escoamento da água da chuva que recarrega o lençol freático.
Quando falamos em valores, inicialmente o preço deste piso é um pouco mais caro, mas na hora de dar manutenção não se tem que quebrar nada para refazê-lo, é só retirar e recolocar os pavers e assim o preço do investimento é recuperado.
Voltemos ao exemplo de Maringá que tem mais de 130 mil árvores. Quando existe problema com raizes, normalmente tem que se quebrar e refazer a calçada totalmente e refazê-la e e no caso dos pavers é só se retirar o paver, acertar o que estiver errado e recolocar este paver, tendo o custo só de mão de obra.
Temos em algum lugar perdido aqui na fundação um manual de colocação de paver, passo a passo. Quando encontrarmos iremos postar.
Vereadores, prefeitos, deputados e governadores. Está aí uma boa norma ou lei para se aplicar em suas cidades e estados. Uma boa forma de se prevenir enchentes e garantir a água pela infiltação da chuva no lençol freático.
Mudar o mundo é fácil.
As melhores idéias são as mais simples.
Criem leis para regulamentar o caos em que se encontra nossa civilização.
Fonte – Living Design
Foto – Living Design
eu adorei os comentarios
!!!
que estao extremamente errados
quer o q???
ta loko da cabeça eh???