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Coca-Cola é acusada de abandonar discretamente sua meta de reduzir em 25% a utilização de embalagens reutilizáveis
Por Helena Horton – The Guardian – 3 de dezembro de 2024 – Ativistas dizem que o aparente abandono da promessa de 2030 pela empresa é uma “aula magistral de greenwashing”
A Coca-Cola enfrenta críticas por supostamente abandonar silenciosamente sua promessa de atingir 25% de embalagens reutilizáveis até 2030, uma medida descrita por ativistas como um exemplo notável de greenwashing.
Pesquisas já colocam a empresa entre as maiores poluidoras globais de plástico.
Em 2022, a Coca-Cola havia anunciado o compromisso de vender um quarto de suas bebidas em recipientes reutilizáveis, como garrafas de vidro ou plástico recarregáveis, além de fontes de abastecimento e dispensadores específicos.
No entanto, antes da cúpula global sobre plásticos deste ano, a empresa removeu a página que detalhava essa meta de seu site e passou a omitir qualquer referência a embalagens reutilizáveis em seus novos objetivos.
Agora, a Coca-Cola se compromete a:
- Utilizar entre 35% e 40% de materiais reciclados em embalagens primárias, com plástico reciclado representando 30% a 35%;
- Garantir a coleta de 70% a 75% das garrafas e latas que coloca no mercado anualmente.
Essas metas substituem o compromisso anterior de usar 50% de materiais reciclados até 2030.
Compromissos alterados e críticas
Quando a meta das embalagens reutilizáveis foi divulgada, em 2022, Elaine Bowers Coventry, diretora comercial da Coca-Cola, declarou que o plano agregaria valor aos consumidores e ajudaria na meta de “um mundo sem desperdício”, incluindo a coleta de uma embalagem para cada bebida vendida até 2030.
Contudo, desde 20 de novembro, início das negociações do tratado global de plásticos, essa promessa desapareceu do site da empresa.
Ativistas acusam a Coca-Cola de retroceder em uma solução eficaz para a crise do plástico.
Von Hernandez, coordenador global do movimento Break Free from Plastic, declarou:
“O último movimento da Coca-Cola é uma aula magistral de greenwashing, abandonando metas de reutilização previamente anunciadas e inundando o planeta com mais plástico. Como podem alegar ser sérios sobre a crise global do plástico se não cumprem nem mesmo compromissos básicos?”
O impasse global sobre o plástico
O cenário é agravado pelo fracasso de quase 200 países em alcançar um consenso para reduzir a produção de plásticos durante a cúpula em Busan, Coreia do Sul. Nações defensoras de um tratado vinculativo e progressista enfrentaram resistência de grupos que preferem focar apenas no gerenciamento de resíduos.
Enquanto isso, especialistas reiteram que a solução para a crise não é reciclar plásticos de uso único, mas sim priorizar embalagens reutilizáveis, reduzindo efetivamente a poluição ambiental.
A Coca-Cola, em resposta ao The Guardian, afirmou:
“Nós nos importamos com o impacto de cada bebida que vendemos e estamos comprometidos em fazer nosso negócio crescer da maneira certa.”
O abandono de metas reutilizáveis coloca em cheque a postura ambiental da Coca-Cola, reforçando seu título de maior poluidora de plástico no mundo.
Original: aqui
Tradução: FUNVERDE
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