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Com 95% de sua energia sendo renovável, Uruguai se torna exemplo mundial
As estruturas têm atraído investidores do mundo todo interessados em financiar projetos e equipamentos.
Nos últimos anos o Uruguai tem incentivado a produção de energia limpa. Os esforços governamentais, em parceria com empresas privadas, foram tão bem sucedidos, que o país já tem 94,5% de toda a sua energia proveniente de fontes renováveis. Mas, eles não querem parar por aí.
O pequeno país sul-americano é um dos grandes exemplos internacionais também em redução das emissões de gases de efeito estufa. De acordo com o Ramón Méndez, diretor nacional de energia, o intuito é cortar as emissões de carbono em 88% até 2017, tendo como base os dados médios de 2009 a 2013.
Para alcançar este objetivo, o setor energético é essencial. Em apenas 15 anos o Uruguai conseguiu se livrar de uma realidade em que o petróleo era o responsável por fornecer 27% da energia do país. Além do impacto ambiental, essa antiga realidade era ruim para a economia, já que o produto era importado, se tornando caro e prejudicando o desenvolvimento dentro do próprio país.
A mudança começou quando as autoridades uruguaias decidiram valorizar a indústria energética limpa. Hoje, usinas solares, de biomassa e hidrelétrica são as principais fontes. Para o futuro, os incentivos são direcionados, principalmente, à produção eólica, enquanto a hidrelétrica não deve crescer mais, pois, apesar de ser considerado renovável, este é um modelo de grande impacto ambiental e social.
Em entrevista ao The Guardian, Méndez explicou que o novo modelo não gerou prejuízos ao país. Pelo contrário, ele ajudou a elevar a economia, reduziu as tarifas pagas pelos consumidores e se tornou referência em toda a América Latina. “Nós aprendemos que a energia renovável é um verdadeiro negócio financeiro. Os custos de construção e manutenção são considerados baixos, então, se você oferece boas condições ao investido, se torna um negócio muito atraente”, explicou o diretor nacional de energia.
Os novos projetos de fazendas eólicas são bons exemplos disso. As estruturas têm atraído investidores de diversas partes do mundo, interessados em financiar projetos e equipamentos. Os resultados são excelentes: “Nos três últimos anos nós não importamos um quilowatt sequer. Nós costumávamos comprar energia da Argentina, mas agora exportamos para eles. No último verão, nós vendemos um terço da nossa produção para os argentinos”, comemorou Méndez.
Fonte – CicloVivo de 08 de dezembro de 2015
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