Por Assessoria de Comunicação - TecPar - 6 de novembro de 2024 - Fachada do Tecpar…
Comércio recebe ultimato para eliminar sacolinhas
Primeiro, muitíssimo obrigada pela cobertura da imprensa, que passou praticamemente a manhã de terça-feira dando cobertura ao evento, desde as 9 da manhã, na promotoria pública, quando o promotor do meio ambiente Doutor Manoel Ilecir Heckert assinou o comunicado que seria entregue aos lojistas e indo até as lojas visitadas, para ver a reação dos lojistas, dos clientes, entrevistando o Laerty Dudas coordenador estadual do programa de resíduos da SEMA PR, que veio representando a secretaria de meio ambiente do Paraná e veio entregar o comunicado aos lojistas para que parem de plastificar o Paraná.
Especiais agradecimentos à CBN Londrina, CBN Maringá, Jornal Folha de Londrina, Jornal Hoje Maringá, Jornal o Diário do Norte do Paraná, SBT, Globo, Rede Record e Rede TV.
É muito importante o papel da mídia na educação ambiental dos adultos, para que a população saiba que tem alternativas, que cada um pode fazer sua parte para melhorar a vida dos humanos nesse planeta agora e no futuro.
Esperamos sempre contar com a presença de vocês da imprensa em nossos eventos.
O diario do norte do Paraná de 16 de abril de 2008
Secretaria de Estado de Meio Ambiente dá dez dias, a partir de hoje, para que lojas e supermercados apresentem alternativas às atuais sacolas, que são prejudiciais à natureza.
Juliana Daibert
Por mês, 500 milhões de sacolas plásticas convencionais são geradas no Paraná. Levando em conta que o material demora 500 anos para se decompor na natureza, dá para imaginar o tamanho do passivo ambiental criado pelas embalagens jogadas no meio ambiente.
Para tentar reverter essa realidade, diminuindo o impacto negativo provocado pelas sacolinhas, muitas vezes utilizadas para embalar uma única escova de dentes, a Secretarida de Estado de Meio Ambiente (Sema) determinou, há dois anos e meio, que os grandes geradores do resíduo, aí incluídos shopping centers, redes de supermercados, farmácias e demais estabelecimentos comerciais, apresentassem um plano com alternativas ao uso da embalagem condenada pelos ambientalistas.
Entre as sugestões, os comerciantes poderiam optar pelo uso de sacolas retornáveis feitas de qualquer material (tecido, nylon), recicláveis de papelão,plásticas oxibiodegradáveis que se decompõem em 18 meses ou até mesmo deixar de oferecer sacolas aos consumidores.
Passado o período e sem que a determinação fosse atendida a contento, a Sema firmou parceria com o Ministério Público Estadual para exigir seu cumprimento. “Foram quatro ofícios de comunicação e uma audiência pública em Curitiba. Agora, é a gota d’água”, diz Laerty Dudas, coordenador estadual de Resíduos, que esteve ontem em Maringá acompanhado de agentes da Sema para orientar lojistas sobre o prazo final para a mudança.
Dudas também participou da assinatura do termo de ajuste entre a Secretaria Estadual, a Promotoria de Defesa de Meio Ambiente e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que estabelece o prazo de 11 dias – contados desde ontem – para que os estabelecimentos que ainda não apresentaram a alternativa ao uso das sacolas convencionais encaminhem a sugestão ao Ministério Público. “Quem não apresentar será multado pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e poderá responder a uma ação civil pública”, explica o promotor Manoel Ilecir Heckert.
Tecnologia correta
Sozinhos, os supermercados paranaenses geram cerca de 100 milhões de sacolas plásticas todo mês.
Apenas as redes Carrefour e Wal-Mart, que em Maringá gerencia o BIG e o Mercadorama,respondem pela produção de 35 milhões . Por descumprirem a determinação estadual no prazo, não apresentando as alternativas exigidas, as duas redes foram multadas no dia 4 de fevereiro. A multa diária aplicada pelo IAP à cada uma delas é de R$ 70 mil e está valendo desde o dia 1º de abril. “A pena não é pela falta das sacolas, mas pelo desrespeito à determinação”, esclarec e o coordenador estadual de Resíduos da Sema.
Na verdade os supermercados distribuem mais de 1 bilhão de sacolas plásticas de uso único – de boca de caixa – por mês, mas alegam este valor menor para não correr o risco de processo. No ano passado diziam que era 80 milhões, agora aumentaram para 100 milhões, quem sabe daqui há uns 10 anos assumam que usavam mais de um bilhão de sacolas por mês, mas só quando banirem estas sacolas assumam como se fosse um erro do passado.
Em Maringá, 90% dos supermercados já utiliza as sacolas oxibiodegradáveis, de acordo com Tarley Maia Kotsifas, presidente da Associação dos Supermercados do Paraná (Apras). Apesar de ser plástica, a tecnologia oxibiodegradável é menos agressiva ao meio ambiente porque se decompõe com maior rapidez.
Em Maringá, 90% dos supermercados já utiliza as sacolas oxibiodegradáveis, de acordo com Tarley Maia Kotsifas, presidente da Associação dos Supermercados do Paraná (Apras). Apesar de ser plástica, a tecnologia oxibiodegradável é menos agressiva ao meio ambiente porque se decompõe com maior rapidez.
Segundo Laerty Dudas, a Sema possui 24 laudos científicos que atestam a eficácia ambiental das sacolas ecológicas, como também são conhecidas.
Ainda que ambientalmente correta, a solução oxibiodegradável não é a ideal. Por isso, a orientação da Apras é que ela seja substituída pela retornável. Na rede onde Kotsifas trabalha, modelos feitos em nylon estão disponíveis aos consumidores há dez dias, a preço de custo. “Agora é que vamos, de fato, sentir o interesse do consumidor pela mudança. “
Números
R$ 0,05 é o preço de custo das sacolas de plástico convencional distribuídas no comércio;
R$ 4,99 é o valor que está sendo cobrado por sacolas retornáveis de nylon em alguns mercados.
R$ 0,05 é o preço de custo das sacolas de plástico convencional distribuídas no comércio;
R$ 4,99 é o valor que está sendo cobrado por sacolas retornáveis de nylon em alguns mercados.
Lojistas estão bem informados
Na visita a algumas lojas na manhã de ontem, a equipe daSecretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) encontrou comerciantes bem informados ou com as alternativas já colocadas em prática. Como a empresária Edna Nobre Gama, proprietária da Thyeré Camisaria, instalada no Shopping Avenida Center. Lá, as sacolas plásticas foram abolidas e substituídas por embalagens de papelão.
Apesar da loja já estar cumprindo a determinação, o coordenador estadual de Resíduos da Sema apresentou à empresária uma alternativa que está sendo utilizada em Curitiba: sacolas retornáveis feitas de restos de banners. “O material é plástico, mas é resistente. E é uma alternativa de renda, pois pode ser produzida por associações de costureiras”, diz Laerty Dudas.
No Elegance Atelier, localizado no mesmo centro de compras, o material que vai substituir as sacolinhas condenadas ainda está sendo estudado. “As clientes trazem as roupas para o conserto em sacolas próprias e fazem questão de que as roupas sejam entregues nas mesmas sacolas. Principalmente se for de alguma marca ou loja conhecida”, explica a coordenadora daquela loja, Isabel Menon.
Clientes já começam a definir preferência
Do lado dos consumidores, a preferência por estabelecimentos que fornecem sacolas ecológicas ainda é tímida. Sem conhecer detalhes sobre a tecnologia oxibiodegradável, mas sabendo que ela agride menos o meio ambiente, o professor Márcio Alexandre Pereira conta que tenta comprar nos mercados onde há este tipo de sacola, mas confessa que sua consciência ambiental ainda é insuficiente para boicotar as lojas que não a utilizam. “Mas é interessante começar a pensar nisso”, diz ele.
O engenheiro civil Adilson Santoro Felipe revela que sua preocupação quando entra em alguma loja é com o produto. A embalagem com a qual o mesmo será levado para casa acaba ficando em segundo plano. “Esse trabalho de substituição é correto, mas ainda falta o hábito nas pessoas. Quando ele for criado, tudo será mais fácil”, diz Felipe.
Longe de parecer lugar comum, a afirmação do engenheiro civil vai ao encontro da necessidade de mudança e do esforço das autoridades ambientais e empresas que desejam um futuro menos poluído para as próximas gerações. “Precisamos de alternativas ambientais sérias”, reforça Laerty Dudas, coordenador estadual de Resíduos da Sema.
Rosângel Toni, consultora comercial, não se constrange em dizer que só compra no mercado próximo de sua casa, razão pela qual desconhece se o mesmo fornece ou não as sacolas ecológicas. “Não tenho tempo de procurar muito, mas sei que deveria usar a sacola retornável”, diz ela. A consultora, que elogia a iniciativa do dito mercado já estar oferecendo aos clientes a sacola retornável, acha o preço cobrado um abuso. “Custa R$ 5, mas é muito pequena.”
O presidente da Apras, Tarley Maia Kotsifas, garante que as sacolas recomendadas pela associação e à venda em algumas lojas é suficiente para comportar compras de até dez quilos. “Uma compra semanal cabe, sem problemas, em três sacolas deste modelo.”
Amiga de Rosângela, Micheli Salvador, também consultora comercial, afirma ser guiada pela praticidade, mas reconhece que a preferência por lojas onde há sacolas ecológicas pode ser uma boa opção. Na opinião de Micheli, o valor cobrado pelas lojas que se dispõem a vender o produto aos clientes deveria ser simbólico. “Já pagamos pelo serviço quando efetuamos a compra”, acredita ela.
O zootecnista Regner de Oliveira diz que tenta dar preferência, mas encontra a opção em poucos estabelecimentos. Para ele, é importante que as empresas cumpram o papel social de preservação ambiental. “Passamos do limite. Toda empresa, se ainda não o fez, deve acordar para isso”, diz ele. Ainda sem hábito de levar a sacola de pano de casa quando vai às compras, a aposentada Iraci Capel também reclama da dificuldade em encontrar lojas que utilizam sacolas ecológicas. “Os lojistas precisam ficar mais atentos”, pede ela.
‘É preferível ao plástico convencional’, defende ambientalista
O nascimento de Lumma, há 21 anos, despertou Ana Domingues e Cláudio José Jorge para os problemas ambientais que já preocupavam cientistas e pesquisadores em todo o mundo. Em 1999, eles criaram a organização não-governamental FUNVERDE. A chegada de Muriel na família, há cinco anos, reforçou neles a necessidade de atuar em defesa do meio ambiente, buscando soluções. Entre elas, o replantio, desde 2004, de mudas nativas em todos os córregos e nascentes dos fundos de vale de Maringá, e o incentivo, desde o ano seguinte, ao uso da tecnologia oxibiodegradável. “É o passo inicial para as retornáveis.”
O diário – O pedido de alternativas para os resíduos plásticos foi feito há dois anos e meio e muitos ainda não se adaptaram. A falta de conscientização é a única justificativa?
Cláudio José Jorge – Todo ser humano é, naturalmente, acomodado. Dar um passo na direção oposta à trajetória cumprida no dia-a-dia é complicado. Essa ação da Secretaria do Meio Ambiente é como se fosse um empurrão, ‘vá para a frente, é preciso mudar’. Os seres do amanhã ainda não nasceram, temos de cuidar deles. Se continuarmos utilizando plástico do jeito que utilizamos hoje, sem pensar nas conseqüências, estamos diminuindo as vidas de quem ainda não está aqui.
Qual é o maior problema que o plástico acarreta para o meio ambiente?
O mau uso. O plástico é uma grande solução para nós, mas é preciso que ele se degrade rapidamente e não fique 500 anos poluindo a natureza, como ocorre com muitos produtos.
O mau uso. O plástico é uma grande solução para nós, mas é preciso que ele se degrade rapidamente e não fique 500 anos poluindo a natureza, como ocorre com muitos produtos.
O plástico oxibiodegradável foi desenvolvido na Inglaterra. Como a Funverde o trouxe para cá?
Detectamos o problema no final de 2004 nos fundos de vale, que estavam muito sujos. Todo sábado a gente faz limpeza e plantio em fundos de vale. Limpávamos o rio, caía uma chuva forte e aí todo o plástico estava lá de volta, preso nas árvores. A gente limpava de novo, mas chegou um momento em que tivemos de ir atrás de outra solução.
E chegaram à tecnologia?
Sim. Na Inglaterra, a tecnologia oxibiodegradável surgiu em 2003 e nós a descobrimos em 2005. Entramos em contato com o representante no Brasil, ele veio a Maringá e explicou como funcionava para nós, para algumas pessoas da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) e da prefeitura.
A retornável é a solução ideal?
Exatamente. É um passo por vez. O primeiro foi substituir o uso do plástico convencional pelo oxibiodegradável, para poluir menos. O segundo é utilizar a retornável.
Exatamente. É um passo por vez. O primeiro foi substituir o uso do plástico convencional pelo oxibiodegradável, para poluir menos. O segundo é utilizar a retornável.
Quem oferece mais resistência à mudança das plásticas para as retornáveis: o lojista ou o consumidor?
O lojista. A tecnologia oxibriodegradável ainda é cerca de 3% a 5% mais cara do que a convencional porque, por enquanto, um dos aditivos utilizados é importado. Mas a situação deve ser analisada por outro ângulo – é um investimento no futuro. Tudo o que tiramos do campo não volta mais, vai para o lixão. Antigamente, nos sítios, a casca da mexirica que comíamos no pomar ficava lá. Hoje, não; fica concentrado em um só lugar. Só tiramos da terra. Desse jeito, até quando ela vai nos manter?
Qual é a sua opinão sobre as sacolas biodegradáveis?
Somos contra essa tecnologia, porque ela vai estar usando solo fértil para produzir plástico e isso não é lógico. É preferível o plástico convencional, aproveitando a nafta, um subproduto do petróleo. Quando não é utilizado logo, ele joga CO2 no meio ambiente e polui mais ainda. Por isso é interessante que se faça plástico dele.
Somos contra essa tecnologia, porque ela vai estar usando solo fértil para produzir plástico e isso não é lógico. É preferível o plástico convencional, aproveitando a nafta, um subproduto do petróleo. Quando não é utilizado logo, ele joga CO2 no meio ambiente e polui mais ainda. Por isso é interessante que se faça plástico dele.
E com relações aos biocombustíveis? Você também é contra?
Se até a Organização das Nações Unidas (ONU) está dizendo que o biocombustível é problemático, imagine biocombustível e mais saco plástico biodegradável? Isso não é lógico e nós temos de trabalhar em cima da lógica.
Se até a Organização das Nações Unidas (ONU) está dizendo que o biocombustível é problemático, imagine biocombustível e mais saco plástico biodegradável? Isso não é lógico e nós temos de trabalhar em cima da lógica.
Iniciamos o projeto sacolas ecológicas oxi-biodegradáveis e retornáveis em 2005 e contando com o apoio do ministério público do Paraná e o governo do Paraná vejam o que conseguimos juntos, o primeiro e o terceiro setor, conseguimos desplastificar o estado e o próximo passo é desplastificar o país.
Isso é ser uma ONG do Século XXI, detectar um problema, pesquisar e eleger a melhor solução e encontrar meios para aplicar esta solução para resolver o problema.
Esse é o diferencial da FUNVERDE, nós não reclamamos, nós agimos, porque a maioria das pessoas só reclama, reclama do governo, reclama da poluição, reclama de tudo, mas não toma uma atitude para resolver os problemas dos quais reclama, são essas pessoas que chamamos de cidadãos do Século XX, gente que espera que o governo faça tudo, porque ele acha que ao pagar impostos não tem que se envolver em nenhum assunto, que está liberado para jogar futebol, beber cerveja e assistir novela e BBB. Errado, temos que nos envolver em todos os assuntos, fazer parceria com o primeiro e segundo setor para consertar os erros centenários que nossos antepassados cometeram.
Agir, se mobilizar, cobrar, esta é a atitude do ser humano do Século XXI. Doar seu tempo em projetos que mudem o presente e proporcionem um futuro para nossos descendentes.
Ao invés de locar um filme de sessão da tarde este final de semana, um filme que irá distrair você por duas horas e depois de mais duas horas você já terá esquecido qual filme assistiu, assista o documentario 11th hour – traduzido para a última hora – e veja que sua mudança de atitude pode fazer uma enorme diferença em como estará nosso planeta em um dia, em uma década, em um século.
Que tal agora quando for fazer compras você se perguntar sempre, como se fosse um mantra – EU PRECISO DE UMA SACOLA PARA LEVAR O QUE COMPREI? ISTO CABE EM MINHA BOLSA, EM MEU BOLSO, EM MINHAS MÃOS? Se a resposta for positiva, por favor, pelo amor que você tem aos que ainda não nasceram, diga não ao comerciante, diga – NÃO PRECISA COLOCAR EM SACOLA, EU LEVO NA MÃO, NA BOLSA, NO BOLSO.
Que tal quando fazer compras cobrar do comerciante, seja frutaria, banca de jornal, farmácia, videolocadora, açougue, padaria, supermercado, shopping center … para que não use mais as sacolas de uso único de plástico convencional?
Se nós dedicamos 3 anos da FUNVERDE para fazer o projeto de desplastificação do país funcionar – e ainda não acabamos, só acaba quando houver uma lei federal, que estamos providenciando – , que tal se você fizer um esforço mínimo e nos ajudar, agora que tem cobrança de multa, primeiro dizendo para o comerciante que se ele não se adaptar você não compra mais no comércio dele e depois denunciando para que ele leve multas que vão de 50 mil a 50 milhões de Reais?
Não fique com dó do comerciante, pense os seres do amanhã, porque você pode achar até que a multa é pesada, mas educação no Brasil é multa e multa pesada, senão ninguém da bola, continua pensando em seu próprio umbigo. Mas se o comerciante recebe uma multa diária de 50 mil Reais até chegar aos 50 milhões garanto que no segundo dia ele começará a pensar em capitalismo sustentáve, capitalismo verde, rapidinho ele irá se tornar um comerciante ecologicamente correto.
Para nós não importa se é pelo amor ou pela dor, o importante é que os humanos se adaptem a um planeta em que os recursos naturais são finitos e já vimos que pela educação não funciona, tem que ser pela multa.
Parabéns ao ministério público estadual e ao governo do Paraná por nos ajudar a fazer deste projeto um enorme sucesso, um grande passo em direção a um planeta melhor para se viver.
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