Por Assessoria de Comunicação - TecPar - 6 de novembro de 2024 - Fachada do Tecpar…
Consumidores aprovam substituição de sacolas
Tribuna Catarinense de 24 de novembro de 2007
Uma sacola plástica pode demorar até 300 anos para se decompor, enquanto a de papel, pano ou oxi-biodegradáveis de três meses a um ano
Anita Souza
Consumidores de Balneário Camboriú são favoráveis a proposta apresentada nesta semana pelo Ministério Publico de Santa Catarina, para que supermercadistas e varejistas substituam suas sacolas plásticas por embalagens menos poluentes, como as oxi-biodegradáveis, as de pano, papel ou caixas de papelão. A intenção é preservar ainda mais o meio ambiente.
A reportagem da Tribuna esteve em alguns supermercados de Balneário para saber a opinião dos consumidores sobre a possível troca no material das sacolas.
Para o promoter Cesar Ponco, 26, a idéia é bastante válida, mas faz um alerta; “Espero que os fabricantes das sacolas não esqueçam de reforçar o material, porque as sacolas de plásticas são mais fortes”, comenta.
Turista vinda do Mato Grosso, Catarina Ruaro Barbosa, 56, que há quatro anos passa suas férias em Balneário, também aprova a idéia proposto pelo MP; “Acho muito bom preservar a natureza, e também acredito que vá ficar mais prático transportar as compras nas sacolas”, diz.
“Acho isto muito correto para o meio ambiente. Acredito que também vá ficar melhor para carregar as compras. As de plástico cortam as mãos”, lembra a zeladora Zeli Inhaia, 46.
A iniciativa da substituição do material das sacolas é uma ação conjunta do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CME) com as Promotorias de Justiça. O CME atuará junto aos segmentos estaduais, e os Promotores de Justiça com atuação no meio ambiente vão agir diretamente com o comerciante local.
Vamos buscar alternativas não poluentes por meio do entendimento”, explica o Coordenador do CME, Promotor de Justiça Marcelo Gomes Silva. O CME enviou a todas as Promotorias de Justiça com atuação no meio ambiente sugestão de recomendação a ser enviada às entidades comerciais e sugestão de alternativas de substituição das sacolas plásticas, de modo a auxiliar a atuação dos Promotores de Justiça. O CME começará os contatos de conscientização nos próximos dias.
A lei nº 6.938, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, diz que poluidor é todo aquele que polui direta ou indiretamente. “Quando o comerciante não recicla, ele também polui o meio ambiente”, explica o Promotor de Justiça. Estatísticas indicam que as sacolas plásticas são responsáveis por 10% do lixo produzido no País e levam cerca de 300 anos para se decompor na natureza. Elas também são os principais poluidores encontrados nos mares e rios.
A iniciativa do MPSC espelha-se em recomendação pioneira no Estado proposta pela Promotora de Justiça Simone Cristina Schultz à Associação Comercial e Empresarial de São Francisco do Sul. A Promotora de Justiça pediu para que a entidade conscientize os comerciantes do município a substituir as sacolas plásticas pelas de papel.
Saiba mais sobre as sacolas plásticas
Decomposição
Sacolas plásticas: cerca de 300 anos
Sacolas oxi-biodegradáveis: em média um ano
Papel: três a seis meses
Pano: seis meses a um ano
Composição
As sacolas plásticas são compostas de resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD). Suas cadeias moleculares são inquebráveis, sendo impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural.
Prejuízos ao meio ambiente
No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo os lixo do País
Para produzir uma tonelada de plástico são necessários 1.140 kw/hora (energia que iluminaria 7.600 residências com lâmpadas econômicas por 1 hora), sem contar a água utilizada no processo e os dejetos que são gerados
Quando incineradas liberam toxinas perigosas para a saúde
São produzidas a partir de fonte não-renovável.
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