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Criar abelhas sem ferrão na cidade ajuda o meio ambiente

abelha-sem-ferrão (Foto: Divulgação/Embrapa)Criando abelhas em casa, é possível produzir mel para consumo próprio. (Foto: Magda Cruciol)

Pesquisador da dicas de como criar os insetos, que podem produzir mel em casa desde que se cuide do ambiente

Preservar a vida das abelhas nas cidades também é um ato de preocupação com a conservação do meio ambiente. E segundo o biólogo Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental (Belém/PA), é possível criar abelhas sem ferrão em casa, desde que se tome alguns cuidados básicos com o ambiente. O benefício, além de ambiental, é que as pessoas podem produzir o próprio mel para consumo. Além disso, a atividade estimula crianças a entender a importância desses insetos na produção de alimentos.

“O Brasil precisa desenvolver técnicas de criação de abelhas em larga escala para atender a grande demanda tanto de polinização das plantas, como à produção de mel, pólen, própolis e geleia real, por exemplo”, afirma Cristiano, que estuda a biologia e o manejo de abelhas sem ferrão há 13 anos.

Criar abelhas dentro de casa, em um espaço urbano, também pode levar as pessoas a refletirem mais sobre importância de se preservar o meio ambiente. “Um benefício que vejo nessa atividade, é que a população passa a se comportar com consciência ambiental, evitando o acúmulo de lixo e preservando árvores para alimentar esses animais”, explica o pesquisador.

Cristiano ainda destaca que essa atividade, ainda pouco explorada no Brasil, é interessante porque torna possível “produzir o seu próprio mel na cidade, amenizando o impacto do choque entre o meio rural e a zona urbana”. Até mesmo as crianças podem se envolver na criação de abelhas, abrindo espaço para que elas participarem ativamente da natureza.

No entanto, para obter sucesso na atividade, Cristiano Menezes lista alguns cuidados que devem ser tomados.

Como criar abelhas sem ferrão

– Ter noção do ambiente para as abelhas. É necessário que se more próximo à uma vegetação abundante, como perto de praças;

– Iniciar a criação com três ou quatro colmeias e ir aumentando à medida que as abelhas vão se desenvolvendo e o criador ganhando experiência;

– Manter em casa ou próximo dela, plantas ornamentais e fruteiras que são fundamentais na alimentação desses pequenos animais, como jabuticabeira, pitanga, goiabeira e até hortaliças, como manjericão. É preciso ter muito cuidado com o sol. As colmeias não podem ficar expostas ao sol das 10 horas da manhã às 3 da tarde;

– Escolher as espécies que se adaptam ao meio urbano é importante. As que mais se adaptam são a Jatair, Marmelada e Mandaguari;

– Jamais criar abelhas nativas de outras regiões, como por exemplo, uma espécie do Nordeste, como a Tiúba, na região Sul.

Os diferentes aspectos do mundo das abelhas serão discutido durante o Simpósio sobre Perda de Abelhas, em Teresina, entre os dias 16 e 18 de outubro deste ano. O evento, realizado pela Embrapa Meio-Norte, vai reunir um time de cerca de 200 experientes cientistas brasileiros e internacionais.

Fonte – Globo Rural de 29 de setembro de 2017

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