Por José Tadeu Arantes - Agência FAPESP - 31 de outubro de 2024 - Estratégia…
CVMR – Central de Valorização vai expandir área de coleta de recicláveis em Maringá
O espaço vai atender sete cooperativas que fazem a reciclagem de materiais como garrafas pet, papel, papelão, latas, vidros, entre outros resíduos
A primeira etapa da Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR) foi entregue nesta quinta-feira (21) para as cooperativas de Maringá. A utilização do espaço e a entrega de 5 caminhões até o final do mês para auxiliar a coleta desses materiais vai ampliar a área urbana da coleta de recicláveis de 52% para 80% até dezembro.
O espaço vai atender sete cooperativas que fazem a reciclagem de materiais como garrafas pet, papel, papelão, latas, vidros, entre outros resíduos. A área é composta por dois barracões com mais de 700 metros quadrados, localizada no Parque Industrial II e vai ter caminhões, máquinas de reciclagem, funcionários, além da infraestrutura necessária para que as organizações atuem de forma mais segura e ágil.
Nessa primeira etapa foram entregues os equipamentos para o processamento de papel e papelão. A previsão de funcionamento com todas as etapas entregues é para o final do ano, e a meta de volume de material (plástico, papel e papelão) é de 400 toneladas por mês. A expectativa é que sejam atendidas 200 famílias com essa estrutura.
A Central é resultado da iniciativa público-privada que reúne a administração municipal, Sindibebidas e parceiros, além da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Para a construção e operacionalização da CMVR, o Sindibebidas representando os demais parceiros, investiu R$ 2,5 milhões com a contrapartida da administração municipal em cerca de R$ 650 mil.
O espaço vai atender as seguintes cooperativas: CooperMaringá, CooperNorte, CooperCanção, CooperAmbiental, CooperCicla, CooperVidros e CooperPalmeiras.
O secretário de Saneamento, José Miguel Grillo, lembrou da história do convênio, que já poderia ter iniciado há dois anos, mas não aconteceu por uma questão técnica que inviabilizou uma das parcerias. “Maringá é pioneira no interior do Paraná a formalizar esse tipo de convênio e entregar esse benefício para as 200 famílias que vão trabalhar aqui e para a comunidade, que será beneficiada com mais esse cuidado com o meio ambiente. O Sindibebidas honrou o compromisso firmado, nós fizemos nossa parte e hoje estamos inaugurando esse espaço. Agradeço em nome de todas as cooperativas por todo esse avanço conquistado nos últimos anos”, disse, lembrando que o município contrata atualmente 5 cooperativas que já providenciaram a documentação necessária para a parceria.
Para o diretor do Sindibebidas, Luiz Roberto Santos, hoje é mais uma etapa conquistada. “Há cerca de 3 anos e meio estamos lidando com esse processo de parceria em Maringá, fomos muito bem recepcionados e atendidos sempre, e agora estamos entregando esse benefício. Que os catadores aproveitem a oportunidade que estão tendo. O investimento até agora foi de R$ 2,5 milhões e vamos investir até 2017 um total de R$ 22 milhões em sete municípios do Paraná. Agradeço às indústrias e empresas que propiciaram este momento”, afirmou, acrescentando que as operações devem ter início em agosto, após ser providenciada toda a documentação necessária para a utilização do prédio.
O presidente da Coopercentral, Tercivaldo Joaquim dos santos, falou em nome das cooperativas. “É um sonho de mais de 10 anos que está se tornando realidade. Agora é pé no chão e vamos trabalhar para ampliar a reciclagem em Maringá e na região, porque vamos atender um raio de 100km, começando também por Sarandi e Paiçandu”.
Para o procurador do Trabalho, Fábio Alcure, é um orgulho pessoal inaugurar esse espaço. “Desde o princípio buscamos conhecer o projeto para saber se era bom, e essa união de esforços foi essencial para conquistarmos o benefício aos catadores. Este projeto é muito rico do ponto de vista social, é um projeto muito bom. Temos que fazer com que dê certo e a esperança é grande que vamos colher bons frutos”.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Antônio Carlos Bonetti, agradeceu todos os parceiros e afirmou que um momento como esse tem que ser muito comemorado. “O projeto é muito importante pela responsabilidade que temos enquanto Estado de preservar o meio ambiente, mas o mais importante é o cunho social. Parabéns às famílias que vão exercer essa atividade tão nobre e aos parceiros que deram condições para mais essa ação de sustentabilidade”, destacou.
Preparação
Os catadores vão receber treinamento de Segurança do Trabalho e para o manuseio do maquinário, passando já a atuar com a nova estrutura. Os equipamentos são de alta tecnologia, visando um melhor aproveitamento dos materiais a serem processados, e de acordo com as exigências do mercado. Este é um projeto socioambiental, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos e pioneiro no Brasil, tendo a comercialização em rede e gestão compartilhada.
Um dos destaques e benefícios é que a questão ambiental é favorecida com a retirada do meio ambiente das embalagens pós consumo, gerando com isto trabalho e renda para os catadores e principalmente a inclusão social. Uma das características da Central é a visão socioambiental, tendo seu eixo baseado na responsabilidade compartilhada entre a indústria, poder público e catadores de materiais recicláveis.
Estado
O projeto foi aprovado pelo Governo do Paraná, com investimentos da iniciativa privada previstos em aproximadamente R$ 20 milhões, e a implantação até o final de 2017 de sete Centrais nas cidades de Maringá, Londrina, Cascavel, Francisco Beltrão, Guarapuava, Ponta Grossa e região de Curitiba.
O Paraná terá uma rede de coleta de embalagens vazias como garrafas, papel e papelão, plásticos, metais e outros materiais destinados à reciclagem. As Centrais de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMRs) serão implantadas no Estado e cada uma atenderá municípios que estão em um raio de 100 quilômetros da unidade-sede.
As CVMRs são resultados de Termo de Compromisso da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos com o setor de Embalagens e de Bebidas, responsável pelos custos da implantação e funcionamento das Centrais. Os sindicatos das Indústrias de Bebidas do Paraná e o de Embalagens representam hoje mais de 100 outras organizações socais deste ramo industrial envolvidas no programa de Logística Reversa do Governo do Estado.
Fonte – Secretaria de Comunicação de Maringá de 21 de julho de 2016
Vídeo – FUNVERDE
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