Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - 18/12/2024 - Para cientista brasileiro,…
CVMR – Central processará resíduos recicláveis
As cooperativas de recicláveis de Maringá terão, em seis meses, uma Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR) para processar resíduos sólidos. A central, de início, vai reunir cerca de 80 catadores. Os investimentos são da ordem de R$ 3,1 milhões. Ao menos seis cooperativas da cidade podem ser beneficiadas.
O termo de cooperação para a CVMR foi assinado entre a prefeitura, que dará contrapartida de R$ 650 mil, e o Sindicato de Produtores de Bebidas e Alimentos do Paraná (Sindibebidas), autor do projeto da central e que investirá R$ 2,5 milhões.
A implantação atende à lei federal de meio ambiente sobre a logística reversa, que dispõe sobre a coleta de recicláveis pelas próprias empresas que os produzem. A proposta é construir dois barracões, de 700 e 800 metros quadrados, no Parque Industrial. A central será administrada pela Rede de Transformação, Beneficiamento e Valorização de Materiais Recicláveis do Paraná (Cata-PR), formada por catadores.
“Um quilo de PET processado, por exemplo, passa de R$ 1,50 para R$ 4,50”, cita o secretário municipal de Saneamento, Alberto Abrão Vagner da Rocha. Ele ressalta também que, com a central, a coleta seletiva pode ser potencializada.
Atualmente Maringá produz 340 toneladas de resíduos por dia. Da parcela composta por material reciclável, nem tudo é aproveitado. “Hoje, recicla-se entre 4% e 5%. Com a central, esse percentual pode chegar a 8%”, acredita.
O secretário-executivo do Sindibebidas em Curitiba, Luiz Roberto dos Santos, explica que a gestão da central é compartilhada com os catadores. “Os cooperados ganham pela produção. É um projeto pioneiro, que elimina o atravessador e vende direto para as indústrias.”
O vice-secretário da cooperativa Coopercanção, Milton Félix da Silva, apoia a ideia. “Em todos os ramos tem a figura do atravessador. Tendo uma central, ficará mais justo”, observa.
A Coopervidros, por outro lado, mantém reservas. “Não precisamos de intermediador”, diz a presidente Dulcinéia Martins da Silva. Na opinião dela, o município deveria investir recursos nas cooperativas locais.
O secretário de Saneamento defende a central. “Se não fosse correto, não teríamos a chancela do Ministério Público. Não estamos oferecendo dinheiro, mas estrutura e condições de trabalho. Essa central é para melhorar o preço dos produtos que eles (os catadores) põem no mercado”, acrescenta.
40% DA S 340 TONELADAS DE RESÍDUOS coletadas diariamente em Maringá são recicláveis.
Fonte – Jornal O Diário do Norte do Paraná de 18 de fevereiro de 2014
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