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Degelo do Ártico pode ser quatro vezes maior

Cientistas norte-americanos e franceses acreditam que o IPCC, o painel do clima das Nações Unidas, errou em suas previsões sobre o degelo do Ártico. E errou para baixo, pois o derretimento observado é quatro vezes maior do que apontam os modelos.

Com base em dados de modelagem com observações de satélites, navios e submarinos, os pesquisadores estimam que o mar congelado que recobre o oceano Ártico está afinando a uma taxa de 16% por década. Já, os modelos que alimentaram o relatório do IPCC, publicado em 2007, estimam essa taxa em 4%.

De acordo com os pesquisadores, que publicaram seus dados no Journal of Geophysical Research, os modelos climáticos que estimaram um polo norte sem gelo no verão em 2100 estão atrasados 40 anos em relação às observações.

O papel da chamada “amplificação ártica”, como é conhecido o efeito de aumento da temperatura devido à perda do gelo marinho e à maior absorção de radiação solar pelo oceano, provavelmente também foi subestimado.

Isso porque os modelos não conseguiram reproduzir o aumento de velocidade que ocorre quando o gelo fica mais fino.

O mar congelado do Ártico está em permanente movimento, seguindo as correntes. Todo verão, elas empurram enormes quantidades de gelo para fora do oceano Ártico, pelo chamado estreito de Fram, entre a Groenlândia e o arquipélago norueguês de Svalbard, diminuindo a área do mar congelado.

Com a água mais quente, as placas de gelo ficam mais finas e se rompem mais, aumentando a velocidade de “exportação” do gelo e, assim, ampliando a redução de área da banquisa.

Fonte – Correio do Brasil, por redação, com agências internacionais de Massachusetts de 20 de outubro de 2011

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