Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Deputado Evandro Araújo reacende debate sustentável com audiência pública em Maringá
Por Wilame Prado – Maringá Post – Precisamos falar sobre reciclagem: deputado Evandro Araújo reacende debate sustentável com audiência pública em Maringá. Audiência pública proposta por Evandro Araújo reuniu gestores municipais de resíduos sólidos urbanos, especialistas e pesquisadores da cadeia da reciclagem. Foto: Dálie Felberg/Alep
“A gente precisa voltar a falar sobre reciclagem”, disse o deputado estadual Evandro Araújo (PSD) em entrevista ao Maringá Post um dia antes da audiência pública que discutiu alternativas sustentáveis de correta destinação de resíduos sólidos recicláveis no Paraná.
Vice-presidente da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Araújo chamou audiência pública na quinta-feira (11/05/2023), durante programação da Alep Itinerante na Expoingá.
O encontro reuniu gestores municipais de resíduos sólidos urbanos, especialistas e pesquisadores da cadeia da reciclagem, representantes das cooperativas e associações de catadores, do Ministério Público Estadual e do governo do Paraná.
Na avaliação do parlamentar que representa a região de Maringá no Legislativo paranaense, houve um arrefecimento do assunto nas mais variadas esferas da sociedade pública.
Um dado de 2021, do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), tem preocupado Araújo:
65 municípios paranaenses ainda não haviam realizado coleta seletiva e outros 37 municípios nem sequer responderam o questionamento.
“Sem a coleta seletiva, não há reciclagem na ponta. Por isso, precisamos melhorar esses números, conscientizar as pessoas e voltarmos a avançar nesta pauta”, diz o deputado, que lamenta o fato de apenas 4,4% das 10,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos coletados no Estado do Paraná terem efetivamente sido encaminhado à correta destinação reciclável.
“O índice nacional é ainda pior: apenas 3,6% dos resíduos são reciclados no País.” Os dados são da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), de 2019.
ESG e viabilidade da reciclagem como negócio
O deputado estadual lembra que o caminho das discussões, atualmente, perpassa pela esfera ESG – sigla em inglês que engloba preocupações ambiental, social e governança.
A audiência pública sobre os desafios ligados à reciclagem de resíduos no Paraná, comenta, foi pensada neste sentido, como uma forma de retomar o assunto de maneira efetiva e convidar a todos – setores e população – a participarem deste debate, em benefício do Estado.
“A reciclagem envolve muita coisa: desde o social, com a busca por melhores condições de trabalho e de remuneração para quem atua na ponta da escala, educação ambiental das famílias e alternativas para viabilizar o setor de maneira organizada, cujo resultado principal efetivamente seja atender preceitos ligados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU”, afirma Araújo.
Procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho, Margaret de Carvalho explicou, durante a audiência pública proposta por Araújo, que toda cadeia da reciclagem de resíduos é mais do que um assunto ambiental, é sim uma questão social, porque gera emprego e renda, é um bem econômico e social.
“As políticas federais, estaduais e municipais precisam estar em consonância com grande foco no incentivo e fomento a contratação de associações e cooperativas dos agentes coletores e recicladores”, comentou ela.
O doutor Saint-Clair Honorato Santos, do Ministério Público, reforçou que “os municípios precisam receber pelo trabalho das empresas que atuam na logística reversa e que para as associações e cooperativas de catadores, existem equipamentos e carros que sempre vão a leilão feitos pelo estado, mas poderiam ser direcionados para este setor”.
Vitor Hugo, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável, apresentou as ações já em desenvolvimento pelo governo estadual e reforçou que “o trabalho está sendo realizado na busca de soluções regionalizadas e na construção de um sistema de informação unificado, buscando mais capacitação dos atores em toda cadeia da reciclagem”.
Este Post tem 0 Comentários