Segundo a Earth Day Network, atualmente são produzidas 380 milhões de toneladas de plástico por ano, enquanto apenas 9% do plástico produzido até agora foi reciclado.
A organização pede uma redução de 60% no uso desse material até 2040 para ajudar a solucionar o problema da mudança climática.
Cientistas têm alertado para a presença de microplásticos – partículas de polímeros com menos de 5 milímetros – nos oceanos, na água que bebemos e até dentro do organismo humano. Estudo publicado no começo deste ano revelou que 90% dos alimentos que ingerimos podem conter esses materiais.
Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade do Novo México, publicada neste mês de abril na revista Environmental Health Perspectives, mostra que essas partículas podem passar dos intestinos para outros órgãos.
Os pesquisadores descobriram que os microplásticos podem chegar aos tecidos dos rins, fígado e até do cérebro. Outras pesquisas já encontraram fragmentos no coração, corrente sanguínea e em fetos humanos.
Microplásticos também foram encontrados em nuvens – e podem agravar a crise climática.
Em pesquisa publicada no ano passado no periódico Environmental Chemistry Letters, cientistas traçaram o caminho dos chamados microplásticos atmosféricos enquanto circulam na biosfera.
“Microplásticos na troposfera livre são transportados e contribuem para a poluição global. Se o problema da ‘poluição do ar por plásticos’ não for abordado de forma proativa, as mudanças climáticas e os riscos ecológicos podem se tornar uma realidade, causando danos ambientais irreversíveis e graves no futuro”, alertou Hiroshi Okochi, professor na Universidade Waseda, coordenador da pesquisa.
Segundo os pesquisadores, 10 milhões de toneladas desses fragmentos acabam no oceano e encontram seu caminho na atmosfera.
Isso significa que os microplásticos podem ter se tornado um componente essencial nas nuvens, contaminando praticamente tudo o que comemos e bebemos através da “chuva de plástico”.
Solução no Brasil para redução do uso do plástico
Está tramitando no Senado Federal o Projeto de Lei 2.524/2022, que propõe a implementação da Economia Circular do Plástico.
A proposta é adotar um novo modelo de produção e uso, para reduzir a quantidade desnecessária de plástico descartável colocado no mercado e manter os itens em circulação através de reuso e reciclagem, ou ainda com produtos comprovadamente compostáveis.
Sobre o Dia da Terra
Criada em 1970 pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, a data foi reconhecida pela ONU em 2009, quando recebeu a denominação de Dia Internacional da Mãe Terra.
Fonte: Iberdrola, Olhar Digital e Revista Galileu
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