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Dinamarca e França proíbem o uso do bisfenol-A em produtos infantis

Substância encontrada no plástico pode causar problemas cardíacos, diabetes e crescimento de células cancerígenas em crianças e recém-nascidos

A Comunidade Européia entrou definitivamente na luta contra o bisfenol-A (BPA). Ontem, o governo dinamarquês, considerando um novo estudo feito pelo National Food Institute (DTU Food), decidiu invocar o principio de prevenção e proibiu a utilização bisfenol-A em materiais que estão em contato com alimentos de crianças de 0 a 3 anos, como as mamadeiras, copos e embalagens de comida. Há cinco dias, o Senado francês também tomou a mesma medida. A votação ocorreu após a AFSSA, órgão que corresponde a Anvisa francesa, publicar um relatório em fevereiro alertando sobre os possíveis riscos à saúde causados pelo bisfenol-A.

O bisfenol-A é um composto químico que migra da embalagem para os alimentos, principalmente quando o plástico é aquecido. Pesquisas já associaram o BPA a uma maior incidência de problemas cardíacos, diabetes, anormalidades no fígado e também problemas cerebrais e no desenvolvimento hormonal em crianças e recém-nascidos. Alguns estudos também provam que o bisfenol-A é responsável pelo crescimento de células cancerígenas, diminuição de esperma e micropenia.

O ministro dinamarquês de alimentos, Henrik Hoegh afirmou que o estudo do DTU Food foi baseado em uma ampla pesquisa em ratos, que comprovou a diminuição na capacidade de aprendizado dos roedores. A proibição terá um período de transição de três meses para que os produtos já estocados sejam comercializados. A partir de primeiro de julho será proibida qualquer comercialização de mamadeiras, copos infantis e embalagens de alimentos contendo bisfenol-A. Durante a proibição mais estudos serão feitos reavaliando a utilização e impacto do BPA.

Na França, creches municipais nas cidades de Paris e Besançon já haviam parado de usar mamadeiras com bisfenol-A, como medida de prevenção. A lei aprovada no Senado ainda tem que ser aprovada na Assembléia Nacional.

Estados Unidos

 – Ontem a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) informou que está considerando incluir o bisfenol-A na lista de substâncias prejudiciais ao meio ambiente. De acordo com o comunicado, estudos recentes relataram efeitos negativos em animais expostos a pequenas doses do químico.

O Food and Drug Administration (FDA), agência responsável pela regulamentação de medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, já havia comunicado que está investindo na pesquisa dos potenciais efeitos prejudiciais do BPA à saúde e também estudará maneiras de reduzir a exposição ao químico em embalagens alimentares. “Assim como o FDA, nós também estamos preocupados com os potenciais impactos negativos do bisfenol na saúde”, disse Steve Owens, do setor de pesticidas e substâncias tóxicas do EPA.

Para minimizar a exposição, o Health and Human Services Department, departamento americano de Saúde e Serviços Humanos, recomendou que seja jogado fora mamadeiras e copos de plásticos arranhadas e que se evite colocar água fervida em garrafas ou latas que sejam feitas com BPA.

Ainda de acordo com o Health and Human Services Department, a Nestlé e a Energizer Holding, estão entre os seis fabricantes que desde janeiro pararam de utilizar o BPA na produção de mamadeiras e copos infantis para o mercado americano. É possível que o EPA também exija de fabricantes o estudo os efeitos da exposição ao BPA em organismos marinhos e animais selvagens.

Em maio desse ano, a cidade de Chicago proibiu a venda de mamadeiras e copos infantis com BPA. Minnesota e Connecticut também proibiram a venda de mamadeiras e copos infantis com BPA. No Canadá, desde 1998, o governo declarou o bisfenol-A uma substância tóxica. No Brasil, a Anvisa considera seguro o consumo de BPA.

Fonte – O Tao do Consumo

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