Por Elton Alisson - Agência FAPESP - 19 de abril de 2024 - Cerca de 90% da…
E eles se retrataram
Quanto à notícia abaixo, que postei no dia 20 de junho, estava indignada com com a falta de responsabilidade do grupo Pão de açúcar, que usou as sacolas ecológicas de 2004 a 2006, disse que só usou em 2006 e fez comentários negativos sobre a qualidade do produto, visando denegrir os esforços de se tornar obrigatório estas sacolas, tão menos danosas ao planeta do que as sacolas convencionais.
Qualquer imbecil sabe que 1% do aditivo não irá mudar a resistência dos outros 99%. O que define a qualidade do produto é a qualidade com que fábrica produz o produto, que pode fazer o plástico mais ou menos espesso – questão econômica.
O pão de açúcar, indo na contramão da tecnologia e do bom senso ambiental, querendo arranjar uma desculpa para não utilizar mais o plástico oxi-biodegradável – utilizou neste período de 2004 a 2006 em apenas uma loja da rede, em São Paulo, dentro de um shopping – falou as abobrinhas abaixo.
Jornal Gazeta do Povo de 15 de junho de 2007
A rede de supermercados Pão de Açúcar testou o modelo oxibiodegradável em 2006 e diz, em nota à imprensa, que não obteve qualquer comprovação de que ele cause menos danos ao meio ambiente do que as sacolas convencionais. “Estudos técnicos apontam que na comparação entre a biodegradação e a reciclagem, a segunda opção é mais produtiva sob todos os aspectos. Por esta razão, a empresa irá ampliar ainda mais os atuais postos de coleta de resíduos sólidos (papel, plástico, vidro e alumínio) para reciclagem”, informa a rede.
Depois de serem indagados do porque destas afirmações falsas, eles voltaram atrás, como você pode ler abaixo.
JOANA GONÇALVES, DA REVISTA SUPER VAREJO DA APAS – O Pão de Açúcar confirmou que, em projeto-piloto, utilizou sacolas com o aditivo de setembro a dezembro do ano passado em uma nova loja em São Paulo. Conforme o relato da empresa, as sacolas apresentaram problemas no quesito resistência mecânica. Os clientes reclamavam e acabavam usando mais de uma sacola para suportar o peso das compras. Pode explicar melhor como o anti-oxidante age preservando a resistência da sacola com aditivo pró-degradante?
RES BRASIL – o Pão de Açúcar passou a utilizar, em projeto piloto na loja Real Parque em São Paulo, sacolas Oxi-Biodegradáveis d2w em Agosto de 2004. E interrompeu no final do ano de 2006. O uso de aditivo d2w não altera nenhuma característica desejável das sacolas. Prova disto é que Pão de Açúcar exige aprovação de sacolas, tanto convencionais, quanto oxi-biodegradáveis d2w, pela SGS. Sacolas oxi-biodegradáveis d2w fabricadas e fornecidas ao Pão de Açúcar por seus fornecedores foram aprovadas nestes testes. Portanto aumento ou diminuição de resistência mecânica não pode ser atribuído ao uso de aditivo d2w. Sacolas Oxi-Biodegradáveis são produzidas e utilizadas em todos o mundo, inclusive no Brasil, sem qualquer problema ou relato de problemas relacionado à queda de resistência. O motivo que levou Pão de Açúcar a interromper o uso é outro ou são outros. Melhor checar com eles.
Pão de Açúcar – Prezado Eduardo, vendo a questão, confirmo que a suspensão de utilização das sacolas oxi-biodegradáveis não está ligada à resistência mecânica das embalagens. Não realizamos nenhum teste específico para afirmar que o produto diminui sua resistência. A decisão foi tomada em função da estratégia de fortalecer a consciência para a reciclagem e desenvolver embalagens sustentáveis, que diminuam a utilização de recursos naturais.
Iremos informar isto à jornalista.
Obrigada,
Rosangela Bacima
Responsabilidade Sócio Ambiental
Vocês viram o que o SIMPEP disse, a resposta da RES BRASIL, que representa o produto oxi-biodegradável e a retratação do PÃO DE AÇÚCAR.
Infelizmente esses comentários que procuram destruir as boas intenções, uma mudança no padrão de produção do país inteiro, escondem intenções, interesses que nós, meros mortais, não temos nem idéia – mas podemos imaginar que são bilhoes em jogo -, os donos do poder econômico, donos do Brasil estão acima da lei, nós temos que nos unir contra eles, porque se depender deles, adeus planeta azul.
Não podemos mais nos calar, vamos responder à altura.
Preciso que vocês comentem, nos apoiem, porque esse é um projeto de âmbito nacional, estamos lutando contra tubarões, bandidos que não se importam com a humanidade.
Vamos apoiar o ministério público na cobrança da responsabilidade dos supermercadistas, das fábricas que produzem o plástico, das petroquímicas, indo parar na petrobrás que só visa lucro e que poderia estar apoiando este projeto ao invés de usar a plastivida – pau mandado das petroquímicas – inviabilizar este projeto.
Vamos apoiar os veradores, os deputados estaduais e federais que podem fazer deste projeto uma lei federal.
Por favor, não leia apenas este post, comente, nos apoie.
Realmente precisamos-nos unir contra estas empresas mau intensionadas e dar lugar a pessoas bem intensionadas.
Inclusive participei no dia 28/06/2007 da reunião na ABPLAST, discutiram as normas internacionais para a aprovação da Embalagem Biodegradável e Compostável.
Tenho interesse de entrar neste ramo, mas nesta reunião percebi que falta muita coisa para torná-la realidade.