De outro lado, a Organização das Nações Unidas prevê que a população global aumentará em mais dois bilhões de pessoas nos próximos 30 anos, passando dos atuais 7,7 bilhões para 9,7 bilhões em 2050.
Os números são impactantes e o tempo para reverter esse quadro, escasso, mas a boa notícia é que empresas e cidadãos começam a aderir cada vez mais à economia circular, uma nova visão de desenvolvimento econômico e progresso.
O conceito de economia circular propõe que a sociedade evolua de um modelo econômico baseado em produzir-usar-descartar para um processo mais sustentável, onde os recursos são totalmente utilizados e otimizados”, destaca Rafael Costa, diretor comercial da Embalixo.
“Como o próprio nome diz, é preciso pensar de forma circular, ou seja, desde o momento que você produz e consome determinado produto até o modo como ele será descartado e reaproveitado, entrando em um novo ciclo de vida útil e contribuindo, assim, para reduzir essa montanha de resíduos sólidos que hoje afeta o meio ambiente e a nossa saúde”.
Desde 2017 toda a linha de produtos da Embalixo passou a ser 100% reciclável, com amplo investimento em tecnologia e inovação para o desenvolvimento de alternativas diferenciadas, como o saco para lixo vegano e o zero carbono, que já respondem por 40% das vendas da empresa.
O projeto Carbono Zero foi fundamental nesse processo para tornar o produto cada vez mais sustentável.
“Atualmente, gerar uma energia limpa, eliminando a emissão de dióxido de carbono na atmosfera é de extrema importância para o meio ambiente. No processo de reciclagem, é gerada uma pequena emissão de CO2, e ela é compensada pela fixação deste material junto ao polietileno renovável de planta feito a partir da cana de açúcar, pois este material, dentre vários benefícios, há captura de CO2, assimilado pelas folhas das plantas através da fotossíntese. A junção de ambos resulta na solução do Carbono Zero” explica Rafael Costa.
Ele lembra que a economia circular é um esforço conjunto da sociedade.
“Como indústria, assumimos nossa responsabilidade de contribuir com a redução de resíduos, inovação na matéria-prima, processos produtivos mais limpos e geração de empregos”, analisa o executivo.
“Mas é preciso que governos, entidades e pessoas adotem também essa mentalidade para que de fato funcione”, conclui.
Para quem quer aderir à economia circular e não sabe como começar, confira cinco dicas simples:
1 – Prefira consumir produtos de fabricantes que adotem a economia circular em seu negócio,
Ou seja, que além de recorrer a matérias-primas e tecnologias que impactem menos o meio ambiente, ainda ofereçam soluções para o descarte ou reaproveitamento do produto ou das embalagens.
2 – Busque maneiras criativas de reaproveitar embalagens e produtos.
Redes sociais como o Pinterest são uma fonte rica de ideias para projetos e artesanato à base de garrafas pet ou de vidro, CDs usados, plástico em geral, além de muitos outros materiais. Compartilhe também suas ideias com os outros.
3 – Monte uma composteira em casa
Ou seja, um sistema que transforma o lixo orgânico (como restos de alimentos) em adubo para suas plantas. Clique aqui e veja o passo a passo de como fazer a sua, indicado pelo Instituto Akatu.
4 – Escolha reparar ao invés de descartar.
Isso vale para eletrônicos, eletrodomésticos, itens de vestuário, enfim, uma infinidade de coisas. Aprender a costurar, por exemplo, pode ser divertido e ainda auxilia nessa meta, ou pesquise entre amigos e familiares quem sabe fazer o tipo de reparo necessário, muitas vezes é possível até trocar conhecimentos.
Para consertos mais complexos, como rede elétrica e hidráulica, sempre recorra a profissionais.
5 – Crie grupos no WhatsApp ou no Facebook para trocas e desapegos.
Pode começar entre vizinhos e amigos e ir expandindo para todos os interessados nas proximidades. Cada vez mais comuns, esses grupos permitem um reaproveitamento bacana de produtos: o que não serve mais para você, pode ser muito útil ao outro. E, o melhor: nada disso vai parar no lixo!
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