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Em um ano, será proibida a distribuição ou venda de sacolas plásticas comuns com menos de 50 microns de espessura na França
A partir de 1° de Julho de 2017 está proibida a distribuição ou venda de sacolas plásticas comuns com menos de 50 microns de espessura na França
Em 2020 será a vez dos pratos e copos descartáveis não recicláveis.
Nota do IDEAIS. As autoridades ainda estão analisando a permissão para as sacolas biodegradáveis. (Oxibiodegradáveis ou Hidrobiodegradáveis)
França proíbe distribuição de sacolas plásticas no comércio
Lei que proíbe sacolas plásticas entra em vigor dia 1° julho de 2017.
A partir de 1° de julho, a distribuição de sacolas plásticas será proibida no comércio francês. A medida, que já é aplicada em vários supermercados em Paris e no interior do país, deve ser generalizada.
Se em diversas cidades brasileiras, como São Paulo, as tradicionais sacolas de plástico brancas, distribuídas nos supermercados, já são proibidas por lei, na França a discussão sobre o assunto levou anos até que a ministra da Ecologia, Ségolène Royal, anunciasse uma medida mais radical. A partir de agora, mercados, padarias e farmácias francesas não poderão mais propor sacolas plásticas, sejam elas pagas ou gratuitamente.
A regra diz respeito apenas às chamadas embalagens de uso único, com espessura inferior a 50 micrometros. Em troca, os comerciantes serão obrigados a propor sacolas reutilizáveis, com espessura superior ao limite imposto, ou sacos de papel.
A partir de 1° de janeiro de 2017, a legislação se intensifica, com a proibição sendo estendida à venda de frutas, legumes e queijos, o que atingirá também as feiras livres e quitandas. Já em 2020, sairão de circulação os pratos e copos descartáveis, com exceção dos recicláveis.
No entanto, a medida não deve mudar tanto a vida dos consumidores. Segundo uma pesquisa de opinião recente, 87% dos franceses estariam dispostos a diminuir a utilização de sacos plásticos.
Associações satisfeitas com a medida
A restrição dos sacos plásticos é bem vista pelas organizações ambientais. “É uma ótima medida, pois devemos nos acostumar a abrir mão desse tipo de embalagem”, comenta Benoit Hartmann, porta-voz da associação France Nature Environemment. No entanto, para ele, a mudança ainda não é suficiente, pois “ela ainda permite que alguns sacos plásticos, que não são distribuídos nos caixas dos supermercados, continuem circulando. Mesmo assim, essa é uma boa notícia para o meio ambiente”, completa.
Mas para o militante, esse tipo de medida só pode funcionar se for feita de maneira coletiva. “Continentes inteiros teriam que proibir o uso de sacolas plásticas para que possamos ter uma resultado imediato já que, infelizmente, a poluição não tem fronteiras”.
Segundo ele, a França é um dos países europeus que mais utiliza embalagens descartáveis, atrás apenas de Portugal. A cada ano, 17 bilhões de sacolas descartáveis são distribuídas no país. E quando são abandonadas, podem levar até quatro séculos para se degradarem. Além disso, boa parte desses dejetos terminam no fundo do mar, afetando a fauna e a flora marítima.
Fonte: rFi / Michalis Karagiannis, Reuters REUTERS
Boletim do Instituto IDEAIS de 01 de julho de 2016
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