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BUNGE produz embalagem biodegradável

Produzida a partir de fonte renovável, a embalagem da Bunge se decompõe em cerca de 180 dias após o descarte

A Bunge lançou a primeira embalagem biodegradável para alimento industrializado do Brasil. Produzida do polímero PLA (sigla em inglês para poli-ácido lático), é obtida a partir da fermentação do amido de milho.

Ao contrário de outros plásticos, como um tipo da oxi-biodegradável que libera CO2 durante a sua decomposição, a empresa diz que a nova resina não deixa resíduos. Para que o pote seja totalmente eliminado após 180 dias, o ambiente do descarte deverá contar com calor, umidade, presença de microorganismos e oxigênio – comum nos lixões.

No Brasil, a iniciativa demandou mais de dois anos de estudo e envolveu as equipes de Planejamento, Pesquisa e Desenvolvimento, Industrial, Suprimentos e Marketing da empresa.

Segundo técnicos da empresa, o produto atende às normas brasileiras e internacionais de embalagens para alimentos. Para atestar a biodegradabilidade do PLA, foram realizados testes por institutos de pesquisa como o ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos, órgãos ligados à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento de São Paulo e pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, entre outros.

De acordo com Adalgiso Telles, diretor corporativo da Bunge, o volume de recipientes ainda é muito pequeno para competir com a produção de alimentos. Hoje, são produzidas cerca de 8.400 embalagens por mês – pouco mais de 70 toneladas ao ano. Telles acrescenta que, a partir de setembro, toda a linha Cyclus terá seus produtos em recipientes feitos com a nova resina, importada dos Estados Unidos. Além do pote da margarina, são feitos com o PLA os rótulos de óleo vegetal da empresa.

Monica Pileggi, Planeta Sustentável, 17/07/2009

As embalagens utilizadas pela Bunge também emitem CO2 durante sua biodegradação. Caso contrário, não seriam biodegradáveis!!!

E pior. Emitem Metano durante a biodegradação anaeróbica, gás 23 vezes mais potente como efeito estufa, além de ser explosivo.

As embalagens biodegradáveis da Bunge somente tem sentido seu uso caso forem recolhidas e destinadas à compostagem. O que não é a realidade. Além disso, vão contaminar toda a cadeia de reciclagem dos plásticos convencionais, inviabilizando toda a cadeia de reciclagem.

Finalizando, quer dizer que desviar ” um pouco ” de alimento para fazer embalagem plástica dá à Bunge tranquilidade de conciência? Somente teriam problemas de consciência se desviassem ” muito ” alimento para fazer embalagens plásticas?

Parece brincadeira, mas uma brincadeira muito da sem graça. Enquanto mais de um bilhão de humanos acordam e dormem com fome e sede, todos os dias de suas infelizes existências, do nascimento à morte, as empresas ainda insistem em usar dois recursos naturais cada vez mais escassos – água pura e terra fértil – para fabricar plástico.

Como pode ser possível ninguém fazer a correlação do plástico de amido – comida – com o roubo da terra fértil e da água dessa geração e das gerações futuras?

Não importa se é para fazer embalagens, sacolas, o que importa é que nunca, jamais se deve usar terra e água para outra coisa senão plantio de alimentos, temos que proteger esses recursos tão preciosos para as futuras gerações. Lembre-se, logo, logo, seremos 9 bilhões de habitantes neste planeta e cada vez mais precisaremos de comida.

O que a BUNGE irá fazer? Dar embalagens plásticas e sacolas plásticas de comida para alimentar os famintos do planeta? Nossa matriz energética global é o petróleo. Para cada barril de petróleo refinado, temos uma sobra de até 7% de nafta, que se não for transformada em plástico, será queimada nas próprias refinarias, aquecendo o planeta sem ao menos ter tido utilidade para os humanos.

O único problema do plástico é que ele é eterno, pois dura mais de 5 séculos, o que para qualquer humano, é uma eternidade. É por isso que a FUNVERDE, desde 2005, apóia a tecnologia oxi-biodegradável, que é a colocação de um aditivo que quebra as imensas moléculas do plastico – é por isso que ele demora centenas de anos para se decompor – em pequenos pedaços, permitido às bactérias o acesso a estes pedaços, acelerando assim a sua decomposição de até 500 anos para 18 meses, restando apenas uma pequena quantidade de CO2, água e biomassa.

E finalmente, mas não menos impotante, temos que advertir novamente a população que a BUNGE produz alimentos transgênicos. Não compre óleos Soya e Primor, pois são produzidos com sementes transgênicas. E claro, todos os outros produtos fabricados pela BUNGE com sementes de soja.

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