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Enorme supervulcão está despertando, o que mergulharia o mundo no caos
Por Eric Ralls – Redator da Earth.com – 12 de abril de 2024 – Os Campos Flégreos, agora considerados um enorme supervulcão, estão começando a se agitar, deixando a comunidade científica inquieta. Esses campos vulcânicos, localizados a oeste de Nápoles, na Itália, estão entre os oito maiores emissores de dióxido de carbono vulcânico do mundo. Desde 2005, um local em particular — a cratera Solfatara — vem liberando volumes cada vez maiores de gás, chamando a atenção de pesquisadores e moradores locais.
“Estimar a fonte do dióxido de carbono é importante para reconstruir adequadamente o que está acontecendo no sistema magmático e no sistema hidrotermal”, diz Buono.
Sua equipe pretende fornecer uma ferramenta que possa distinguir entre o dióxido de carbono proveniente do magma e aquele liberado por outros processos, um método que pode ser útil em regiões vulcânicas ao redor do mundo.
O que exatamente é um supervulcão?
Em termos mais simples, um supervulcão é essencialmente um vulcão com esteroides.
É um sistema vulcânico massivo capaz de produzir erupções milhares de vezes mais poderosas do que um vulcão comum.
Essas erupções podem ejetar mais de 1.000 quilômetros cúbicos de material na atmosfera, o que pode ter efeitos catastróficos no clima e no meio ambiente globais.
Você provavelmente já ouviu falar de lugares como o Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos — um dos supervulcões mais famosos.
Quando um supervulcão entra em erupção, ele pode formar uma caldeira gigante, que é uma cratera enorme que pode se estender por dezenas de quilômetros.
A escala dessas erupções as torna raras, mas elas são definitivamente algo que os cientistas ficam de olho devido ao seu potencial impacto na vida em todo o planeta.
Os números falam por sí
Hoje, a cratera Solfatara emite entre 4.000 e 5.000 toneladas de dióxido de carbono por dia.
Para colocar isso em perspectiva, isso é equivalente às emissões da queima de cerca de 1.800.000 litros de gasolina por dia.
Em seu artigo recente publicado em Geology, Buono e seus colegas estimam que 20% a 40% desse dióxido de carbono vem da dissolução de calcita nas rochas ao redor.
Os 60% a 80% restantes são rastreados até o magma subterrâneo.
Ciência por trás do gás da cratera Solfatara
Quando o magma se aproxima da superfície da Terra, a pressão diminui, fazendo com que gases que estavam presos lá dentro escapem.
Esses gases incluem vapor de água, dióxido de carbono e dióxido de enxofre.
Um aumento nas emissões de gás pode ser um sinal de potencial atividade vulcânica.
No entanto, nem todo aumento leva a uma erupção.
Às vezes, o dióxido de carbono é liberado quando fluidos subterrâneos quentes interagem com as rochas acima, em vez do próprio magma.
Monitoramento de mudanças ao longo de décadas
Desde 1983, o Instituto Nacional Italiano de Geofísica e Vulcanologia monitora as emissões de gases da cratera Solfatara.
Ao estudar as proporções de nitrogênio, hélio e dióxido de carbono, os pesquisadores concluíram inicialmente que os gases eram provenientes principalmente de fontes profundas de magma.
Vista de satélite dos Campos Flégreos e da cratera Solfatara mostrando um grande supervulcão de caldeira a oeste de Nápoles, Itália. É parte do arco vulcânico Campaniano, que inclui o Monte Vesúvio.
Mas as coisas começaram a mudar em 2005. Os dados começaram a se desviar das assinaturas químicas típicas de gases derivados de magma. Essa mudança continuou ao longo do tempo, acompanhada por temperaturas crescentes no sistema hidrotermal raso.
Em 2012, o nível de alerta para a região foi elevado de verde para amarelo, sinalizando atividade intensificada, mas não uma ameaça imediata de erupção.
Pista dos movimentos da Terra
A área não sofreu apenas mudanças subterrâneas.
Pequenos terremotos e deformações perceptíveis do solo também foram observados.
Esses sinais apontavam para a circulação de fluidos quentes abaixo da superfície.
Quando esses fluidos quentes e ácidos interagem com calcita nas rochas, eles podem liberar dióxido de carbono adicional.
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