Segundo um estudo da Environmental Science & Technology , o mundo está usando estimados 129 bilhões de máscaras descartáveis e 65 bilhões de luvas descartáveis por mês durante a pandemia. O estudo constata que isso não apenas levou a uma contaminação ambiental generalizada, como também representa um risco significativo à saúde pública, pois esse resíduo serve como vetor do vírus.
“Nossa saúde depende diretamente dos recursos naturais do nosso planeta. Os materiais plásticos de uso único estão contaminando nosso ar, nossa água e também o solo, portanto, prejudicando nossa saúde. Liberar-se de plásticos de uso único é agora uma questão de saúde pública. ” disse o Dr. Saulo Delfino Barboza, professor associado do Programa de Saúde e Educação da Universidade de Ribeirão Preto no Brasil.
As Nações Unidas também levantaram a possibilidade de incineradores adicionais fabricados localmente para lidar com o excesso de resíduos de EPI, o que afetaria a qualidade do ar nas comunidades vizinhas. As comunidades Afro-americanas são as mais afetadas pela poluição, foi o que apontou as taxasmais altas de doenças e mortes por COVID-19.
“Não podemos proteger a saúde humana sem um ambiente saudável. As centenas de bilhões de máscaras e luvas descartáveis de plástico que estamos usando têm um custo ambiental enorme, principalmente para comunidades que estão perto de aterros sanitários e dos incineradores, onde são jogados ou queimados estes materiais. Precisamos nos proteger do COVID hoje de maneira a não nos colocar em risco a outras doenças mortais no futuro ”, disse o diretor de campanha oceânica do Greenpeace nos EUA, John Hocevar.
Esses especialistas em saúde estão se manifestando semanas depois de mais de 130 especialistas em saúde de vinte países assinarem declaração garantindo aos varejistas e consumidores que bolsas e recipientes reutilizáveis podem ser usados com segurança durante o COVID-19.
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