Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Estes são os países que podem sobreviver ao aquecimento global
Dois anos atrás, a Universidade de Notre Dame, nos EUA, publicou um índice revelando quais nações eram mais ou menos suscetíveis a serem afetadas pelas mudanças climáticas. Conhecido como a Iniciativa de Adaptação Global de Notre Dame (ND-GAIN), o índice está aparecendo novamente online – e suas conclusões não são menos relevantes hoje do que eram na época.
É um índice abrangente: analisa a vulnerabilidade de cada país, bem como sua prontidão para se adaptar. Por exemplo, qual é o estado de sua infraestrutura, seu abastecimento alimentar, suas capacidades tecnológicas? É propenso a catástrofes naturais ou agitação política? As autoridades estão preparadas para um futuro de mudanças climáticas, ou estão distraídas por outros assuntos?
Aqui estão as cinco nações mais bem preparadas e as cinco menos preparadas, classificadas essencialmente subtraindo sua vulnerabilidade de seu preparo. O ranking completo pode ser visto aqui.
As mais prováveis a “sobreviver” às mudanças climáticas:
1 – Dinamarca
2 – Nova Zelândia
3 – Noruega
4 – Cingapura
5 – Reino Unido
As com menos probabilidade de “sobreviver” às mudanças climáticas:
1 – República Centro-Africana
2 – Chade
3 – Eritréia
4 – Burundi
5 – Sudão
Caso você esteja se perguntando, o Brasil está na 75ª posição. Os EUA estão na 11ª, a Austrália na 13ª e o Canadá está em 14º. A China está na 48ª posição e a Índia na 119ª.
Achou algum padrão? Provavelmente não é coincidência que as nações mais ricas e mais desenvolvidas sejam geralmente as melhores preparadas, enquanto o contrário é verdadeiro para países de baixa renda.
Uma das piores coisas sobre a mudança climática é que os países que são os poluidores mais prolíficos são frequentemente aqueles que são menos propensos a serem afetados por ela. É moralmente repugnante, e na verdade, é a razão para o acordo de Paris ter surgido – ele foi concebido para encorajar as nações mais ricas a contribuir mais para ajudar os países mais pobres.
Certamente, as nações ricas ainda serão afetadas: os EUA, por exemplo, estão preparados para experimentar uma crise de refugiados causada pelas mudanças climáticas, desastres naturais sem precedentes e uma recessão econômica em 2100, mas comparados com a África, a Índia, o Oriente Médio e a América do Sul, estas são consequências brandas.
Muitas nações dessas regiões estarão em estado de colapso ou ficarão inabitáveis. Ao contrário de grande parte da Europa, América do Norte ou Ásia Oriental, esses países têm alguns dos vários fatores antagonistas a este respeito: economias intermediárias, suas posições geográficas ao longo dos litorais, passíveis de inundações, posições latitudinais baixas e / ou situações políticas instáveis.
Embora este índice apenas analise a capacidade de sobrevivência em escala nacional, vale a pena notar que, quando se trata de riqueza, o mesmo padrão se replica no nível local. Seja na Inglaterra ou em Bangladesh, aqueles em bairros mais pobres sempre sofrem mais quando a mudança climática bate na porta.
Fontes – I Fucking Love Science / Jéssica Maes, Hypescience de 30 de agosto de 2017
Este Post tem 0 Comentários