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Estudo revela que aquecimento global começou há 180 anos

aquecimento-global-planeta-terra-sustentabilidade (Foto: Jeff Kubina/CCommons)

Pesquisa recolhe a análise de diferentes modelos de evolução do clima ao longo de milhares de anos (Foto: Jeff Kubina/CCommons)

A principal contribuição deste estudo é a inclusão de grande quantidade de registros do “arquivo natural do clima” do hemisfério sul e sua comparação temporal com os do norte

O aquecimento global começou há 180 anos, muito antes do que se achava até agora, e tudo isso devido ao impacto da revolução industrial no clima, segundo um estudo internacional publicado pela revista científica “Nature”.

A Universidade Livre de Berlim, uma das instituições participantes da pesquisa, avançou nesta segunda-feira (22/8) que esta é a principal conclusão de um estudo pioneiro do “arquivo natural do clima” dos últimos 500 anos (corais tropicais, núcleos sedimentares, estalagmites, anéis de crescimento e gelos) em ambos hemisférios.

Além disso, o estudo – dirigido por Nerilie Abram da Universidade Nacional da Austrália em Canberra – recolhe a análise de diferentes modelos de evolução do clima ao longo de milhares de anos.

“As pesquisas mostram que o aquecimento da Terra tem relação desde o princípio com o aumento da concentração de gases do efeito estufa consequência da revolução industrial”, explicou em comunicado Jens Zinke, paleontólogo da Universidade Livre de Berlim e coautor do estudo.

Antes da revolução industrial, a quantidade de gases do efeito estufa (como o CO2) se encontravam na atmosfera em uma proporção comparativamente baixa.

Segundo o estudo, a partir de 1830, coincidindo com os primeiros passos da revolução industrial na Europa Ocidental, começou a ser notado um aumento das temperaturas, primeiro no Ártico e nas zonas tropicais dos oceanos, e posteriormente na Europa, Ásia e América do Norte.

Cinquenta anos mais tarde começou a ser evidente o início da mudança climática em grande parte do hemisfério sul, segundo a equipe científica, que atribui estas diferenças temporárias às correntes marinhas.

A principal contribuição deste estudo é a inclusão de grande quantidade de registros do “arquivo natural do clima” do hemisfério sul e sua comparação temporal com os do norte.

Os cientistas extraem, além disso, duas consequências dessa descoberta: a confirmação pelas mãos do homem por trás da mudança climática e a necessidade de revisar os prognósticos sobre o aquecimento global para as próximas décadas levando em conta que não é um fenômeno iniciado no século XX, mas no XIX.

Fonte – Terra de 22 de agosto de 2016

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