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Fazenda solar vira maior refúgio de abelhas dos EUA

O programa foi inaugurado há cerca de uma semana e já se considera o maior apiário solar do país.

Uma fazenda solar na cidade de Medford, em Oregon (EUA), tem sido o lar de diversas abelhinhas. Enquanto se produz mel, gera-se energia. Mas, calma, não estamos falando de nenhum sistema de exploração de insetos, e sim de um interessante projeto que considera que o terreno adquirido para painéis solares – geralmente, bem extenso – pode ser melhor aproveitado.

Para ser considerado um espaço amigável aos polinizadores, determinada área precisa seguir algumas regras. É necessário, por exemplo, que o campo tenha vegetação baixa com flores e gramíneas nativas para enriquecer os solos e também armazenem água da chuva. A operadora de fazendas solares Pine Gate Renewables – que desenvolve o projeto em Oregon -, garante que atende aos critérios. O programa foi inaugurado há cerca de uma semana e já se considera o maior apiário solar dos Estados Unidos.

Habitat polinizador

O local é um refúgio para 48 colmeias, atualmente. Ressaltando que cada colmeia pode ter em média 80 mil abelhas. Isso ajuda a agricultura local, a polinização da cidade e o próprio fornecimento de alimentos. Afinal, estima-se que a polinização por insetos é responsável por 1/3 da produção mundial de alimentos.

Instalado na fazenda solar Eagle Point, este é o primeiro de quatro locais do Oregon que vão receber o projeto da Pine Gate. “Mas é apenas uma questão de tempo até que os outros lugares comecem a florescer”, afirma a companhia em nota.

Fotos: Pines Gate Renewables

Energia renovável e biodiversidade

Um projeto que combina geração de energia solar e produção de mel. À primeira vista, é estranho pensar em duas tão distintas juntas, mas levar em consideração a biodiversidade local em projetos de energia renovável tem sido o desafio que as empresas devem enfrentar. Veja o caso do projeto solar da Disney.

Imagine o potencial das terras agrícolas onde estão instalados muitas das fazendas. Imagine o quanto os polinizadores perderem seus espaços e finalmente, por direito, poderão retornar aos seus habitats. Por sinal, este não é só um “bem” que se faz aos insetos, mas a toda a comunidade ao redor.

Fonte – Marcia Sousa, CicloVivo de 27 de junho de 2018

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