Por Pedro A. Duarte - Agência FAPESP - 12 de novembro de 2024 - Publicado…
Havai torna-se o primeiro estado dos EUA a proibir pesticida perigoso para crianças
O Havai tornou-se o primeiro estado dos EUA a proibir o uso de clorpirifos, um inseticida amplamente usado e associado a atrasos no desenvolvimento das crianças.
O Havai tornou-se o primeiro estado dos EUA a proibir o uso de pesticidas que contenham clorpirifos, um inseticida amplamente usado na agricultura que já foi associado a atrasos graves no desenvolvimento das crianças e a outros riscos para a saúde.
Ao abrigo da nova legislação, estes pesticidas ficarão proibidos nas ilhas a partir do dia 1 de janeiro de 2019 e a pulverização de pesticidas a menos de 30 metros de escolas durante o horário escolar também fica interditada. As empresas poderão solicitar uma prorrogação por três anos para se adaptarem às novas normas.
“Esta foi uma lei que demorou muitos anos a concretizar-se. Tinha chegado a sua hora”, disse o senador Russell Ruderman. “Fomos guiados pela crença de que temos sempre de pôr as nossas ‘keiki’ em primeiro lugar”, acrescentou, utilizando a palavra havaiana para “crianças”. “Devíamos todos concordar com isso.”
Segundo o Centro Nacional de Informação sobre Pesticidas dos EUA, a exposição a pequenas quantidades de clorpirifos pode causar salivação, dores de cabeça e náuseas. A exposição prolongada pode provocar vómitos, tremores, perda de consciência e paralisia, entre outros efeitos.
Estudos científicos também têm mostrado uma ligação entre a exposição pré-natal ao químico e problemas de desenvolvimentos nas crianças, como diminuição do coeficiente de inteligência, distúrbios de atenção e problemas ao nível da memória de trabalho.
Apesar dos possíveis riscos para a saúde, o clorpirifos continua a ser amplamente usado na agricultura nos EUA e a administração Trump rejeitou recentemente uma petição para o proibir.
“O Havai está a mostrar à administração Trump que os estados vão defender as nossas crianças, mesmo quando Washington não o faz”, disse a cientista Miriam Rotkin-Ellman, do grupo Natural Resources Defense Council.
Fonte – The UniPlanet de 20 de junho de 2018
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