Por Ana Flávia Pilar - O Globo - 11 de novembro de 2024 - Com modelo…
Lâmpadas fluorescentes e sua reciclagem
Conheça um pouco mais sobre esse tipo de lâmpada e saiba sobre seus componentes, fabricação, tolerância, utilização, descarte e reciclagem.
Fabricação
Componentes principais de uma lâmpada
• Vidro (vidro soda e vidro sílica);
• Pó de fósforo (clorofluorapatita e fosfato de ítrio vanadato);
• Metais pesados (Cd, Hg e Pb);
• Base (latão e alumínio);
• Gases de enchimento (Ne, Ar, Kr e Xe);
• Cátodos (tungstênio ou de aço inox);
• Poeira emissiva (carbonatos de Ba, Sr e tungstatos de Ca e Ba).
Utilização
O Brasil possui um consumo médio anual de centenas de milhões de lâmpadas fluorescentes em todo pais e apenas uma pequena porcentagem das lâmpadas descartadas passam por algum processo de reciclagem.
Descarte adequado
Uma opção para a destinação das lâmpadas é a reciclagem de seus componentes, basicamente o mercúrio, o alumínio e o vidro. Poucas empresas estão qualificadas para este processo.
Um sistema de coleta seletiva de lâmpadas se baseia em recolher as unidades queimadas e acondicioná-las nas caixas das lâmpadas novas (que substituiram as inutilizadas), armazenadas em contêineres especiais, adquirido das recicladoras. Os contêineres são encaminhados para a unidade de reciclagem.
Ainda que a empresa recupere o mercúrio e encaminhe para a reciclagem os demais componentes, normalmente não compra as lâmpadas, pois a venda destes materiais ainda não custeia o processo, sendo necessário pagar pelo serviço de descontaminação das lâmpadas, com o intuito de reduzir o impacto que sua disposição no ambiente acarretaria.
Descarte inadequado
Pouquíssimos municípios brasileiros possuem aterros licenciados para depósitos de resíduos perigosos.
A contaminação dos solos e das águas pelos metais pesados, especialmente o mercúrio, é uma agressão ao meio ambiente.
O processo errado de descarte das lâmpadas que contém metais pesados provoca efeitos toxicológicos, que prejudicam à saúde humana, entre eles encontram-se:
• Hg metálico – Bronquite aguda, cefaléia, catarata, tremor, fraqueza, insuficiência renal crônica, edema pulmonar agudo, pneumonia, diminuição da libido e capacidade intelectual, parestesia (alucinações) e insegurança;
• Sais inorgânicos de Hg – Cegueira, dermatite esfoliativa, gastroenterite aguda, gengivite, nefrite crônica, síndromes neurológicas e psiquiátricas diversas;
• MetilHg (efeitos irreversíveis) – Dano cerebral e físico ao feto, síndromes neurológicas múltiplas com deterioração física e mental (tremores, disfunções sensoriais, irritabilidade, perdas da visão, audição e memória, convulsões e morte).
Fonte – Setor Reciclagem
Imagem – Ronai Rocha
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