Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Lâmpadas incandescentes não são mais vendidas no Brasi
Mudança: as lâmpadas incandescentes emitem 95% de calor e apenas 5% de luz, o que prejudica o meio ambiente
A partir de quinta-feira, trinta de junho de 2016, as lâmpadas incandescentes não poderão mais ser vendidas no Brasil. As alternativas para os consumidores são as lâmpadas fluorescentes ou as de LED que, apesar de mais caras, consomem menos energia e duram mais.
Uma lâmpada fluorescente compacta economiza 75%, se comparada a uma lâmpada incandescente de luminosidade equivalente. E se a opção for por uma lâmpada de LED, essa economia sobe para 85%. A durabilidade da LED é 25 vezes superior às lâmpadas incandescentes e até quatro vezes maior que as lâmpadas fluorescentes.
Para o diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux ), Isac Roizenblatt, vale a pena investir em lâmpadas mais modernas, porque o retorno financeiro é grande. “O que custa pesado para os consumidores não é o preço da lâmpada de fato, é o preço da energia ao longo do tempo. Então, esse investimento retorna rapidamente”, avalia.
Enquanto uma lâmpada incandescente de 60 watts custava em média R$ 2,90, uma equivalente de LED custa em torno de R$ 8,90. Segundo a Abilux, o preço da lâmpada de LED vem caindo cerca de 30% por ano no Brasil.
Roizenblatt também aponta que as lâmpadas incandescentes emitem 95% de calor e apenas 5% de luz, o que prejudica o meio ambiente. “É uma lâmpada que tem baixíssima eficiência e vida curta”, explica. Segundo ele, a melhor opção é usar as lâmpadas LED, que são mais eficientes e não contêm metais pesados, como as fluorescentes, que têm mercúrio em sua composição. O uso de lâmpadas LED já é adotado amplamente em outros países como China, Índia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Cuba, Austrália, Argentina, Venezuela e na União Europeia.
A troca das lâmpadas incandescentes no Brasil começou em 2012, com a proibição da venda de lâmpadas com mais de 150W. Em 2013, houve a eliminação das lâmpadas de potência entre 60W e 100W. Em 2014, foi a vez das lâmpadas de 40W a 60W, e o processo de substituição acaba no dia 30 junho deste ano, com a proibição das lâmpadas com potência inferior a 40W. A partir dos prazos finais estabelecidos, fabricantes, atacadistas e varejistas serão fiscalizados. Os estabelecimentos, importadores e fabricantes serão fiscalizados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), e quem não atender à legislação poderá ser multado.
Segundo a Abilux, se todas as lâmpadas do país fossem substituídas por LED, haveria uma redução de cerca de 10% no consumo de energia elétrica. “Não só o cidadão ganha quando usa uma lâmpada mais moderna, mas o país ganha porque transfere investimentos em geração e distribuição de energia. A diferença de eficiência é tão grande que reflete em todo o país porque não existe lugar onde não se usa uma lâmpada, em ambientes externos e internos. Então, vale a pena”, diz Roizenblatt. Segundo dados da ONU, a substituição das lâmpadas incandescentes no mercado é capaz de economizar anualmente cerca de 5% de toda a energia elétrica utilizada no mundo.
Nas lojas de Brasília, já é difícil encontrar lâmpadas incandescentes para vender, embora ainda haja procura dos consumidores. “Algumas pessoas ainda procuram, se tivéssemos ainda em estoque, com certeza venderíamos”, diz o gerente de vendas de uma loja da capital, Sebastião Pereira Costa.
Segundo ele, as pessoas procuram porque gostam da cor da luz incandescente e não se acostumam com a luz emitida pelas lâmpadas LED. “A qualidade da luz incandescente ainda é a melhor, apesar de ter um maior consumo de energia, esquentar muito e durar pouco”, diz. De acordo com o gerente, existem hoje no mercado opções de lâmpadas LED com luminosidade amarelada, parecida com as incandescentes.
Fonte – Exame de 25 de junho de 2016
Com tantos problemas no Brasil é um absurdo criar uma lei para não vender mais lâmpadas incandescentes, mas ok isso é o Brasil, faz-se lei para o desnecessário.
Mas quem proibirá as vendas de lâmpadas LEDs e fluorescentes compactas com FATOR DE POTÊNCIA abaixo de 0,9, pois elas estão por ai, com FP 0,5 e até menos que isso o que por fim prejudica o sistema elétrico como um todo, em função das harmônicas geradas.
Srs.,
de nada adianta banir as incandescentes se as substitutas são de péssima qualidade e ainda mais caras. Sem contar que há aplicações onde só as incandescentes supririam com excelência, como dimmers e sensores de presença.
É meio óbvio que virou lei porque alguém vai ganhar com e muito isso.
Onde estão os estudos técnicos para exigir a proibição de um tipo de produto e contra partida melhorar tecnicamente os alternativos?
Dever-se-ia, ao invés de criar mais uma lei, exigir produtos de melhor qualidade em todos os sentidos, reduzir sua carga de impostos, para ele ficar acessível a todos, assim como a incandescente é acessível. E não retirar do mercado um produto que pode ser necessário em determinadas situações. Querem forçar o uso do que está em voga nos países civilizados, mas ignoram a discrepância de custo e qualidade. Nos EUA, p.ex., encontra-se lâmpadas de LED Dimerizável (equivalente a 60 W) por menos de 4 dólares; no Brasil não sai por menos de 40 reais (isso as xing ling), esqueça durabilidade, eficácia luminosa, IRC, etc.
Mas é Brasil, alguém certamente deve estar ganhando com isso.