Por Jean Silva* - Jornal da USP - 1 de novembro de 2024 - Tucuruvi,…
Lula, Odebrecht e a Braskem: uma amizade profunda
Se corrupção significa plástico de cana-de-açúcar este pessoal está especializado em cadeia.
Isso sim é ser $u$tentável!
Lula, Odebrecht e a Braskem: uma amizade profunda
Brasil 02.03.17 14:58
O entrosamento de Lula e os Odebrecht sobre a Braskem pode ser exemplificado por um episódio relatado a O Antagonista e já publicado no site.
Vale rememorar:
Quando éramos reis
Brasil 06.02.17 16:45
No fim de 2003, ainda início do governo Lula, Marcelo Odebrecht já exibia a outros empresários e executivos sua influência sobre o então presidente.
Na época, Odebrecht estava contrariado com o avanço da Rio Polímeros, petroquímica que estava sendo construída no Rio de Janeiro. O projeto era liderado pela Suzano, concorrente da Braskem (recém-criada pela Odebrecht com a compra do controle da Copene).
A nova unidade petroquímica teria uma grande vantagem em relação às da Braskem: utilizaria gás natural, uma matéria-prima bem mais barata que a nafta, utilizada pelas unidades da Braskem.
Durante uma reunião do conselho de administração da Copene, Odebrecht virou para o então presidente da Suzano (que também tinha participação na Copene) e disse:
— “Você não vai construir a Rio Polímeros, porque eu não deixar”.
Em seguida, ligou para Lula pelo celular e colocou o telefone na função viva voz para Armando Guedes, então presidente da Suzano Petroquímica, escutasse:
— “Lula, é o Marcelo. Eu quero barrar a construção da Rio Polímeros. Você me apoia?”
— “Apoio”, respondeu o presidente.
Quando éramos reis (2)
Brasil 06.02.17 16:49
Marcelo Odebrecht não barrou a construção da Rio Polímeros, mas a sua Braskem acabou se tornando dona dela pouco tempo depois.
A Rio Polímeros foi inaugurada em 2005. Menos de dois anos depois, foi adquirida pela Petrobras junto com os demais ativos da Suzano Petroquímica. O preço pago pela estatal à Suzano deixou o mercado boquiaberto: foram 84% de ágio em relação ao valor das ações da Suzano no dia da operação.
No ano seguinte, em 2008, a Petrobras realocou todos os seus ativos petroquímicos, incluindo a Rio Polímeros, na Braskem, que é comandada pela Odebrecht, não pela estatal.
No final, Marcelo Odebrecht conseguiu o que queria.
Fonte – O Antagonista
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