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Maioria do lixo eletrônico produzido não é reciclado
Trocamos boa parte dos papéis por itens eletrônicos, como smartphones, livros eletrônicos ou computadores. Porém, o processo de reciclagem de toda essa parafernália ainda é muito primitivo, segundo aponta um relatório do ITU (órgão da ONU para telecomunicações). Segundo o estudo, 80% do lixo eletrônico (ou 35,8 milhões de toneladas) produzido não foi reciclado.
Chamado de “The Global E-waste Monitor”, o levantamento estima que 45 milhões de toneladas de eletrônicos foi jogado no lixo em 2016 e apenas 20% disto (8,9 milhões de toneladas) foi reciclado de forma apropriada. A reciclagem desses itens é importante, pois pode expor o ecossistema a metais e compostos perigosos.
A produção e reciclagem de lixo eletrônico varia conforme as regiões. Nas Américas, os Estados Unidos lideram a lista com 6,3 milhões de toneladas – menos de 25% é reciclado. Em segundo vem o Brasil com 1,5 milhão de tonelada, seguido do México com 1 milhão de toneladas.
O relatório aponta que boa parte dos países da América Latina não contam com uma legislação definida para incentivar sistemas formais de reciclagem de lixo eletrônico. As exceções são Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, México e Peru.
Cada vez mais eletrônicos e menos reciclagem
Com o crescente consumo de eletrônicos, a situação tende a piorar: a cada ano há um acréscimo de 4% na produção de lixo eletrônico. Para exemplificar essa diferença, o estudo cita que em 2007 apenas 20% da população estava online. Atualmente, quase metade do mundo tem conexão, portanto mais pessoas usando dispositivos, enquanto os esforços para reciclagem permanecem tímidos.
Pense, por exemplo, no uso de smartphones. As pessoas, informa o levantamento, costumam usar um aparelho por até dois anos. Em contrapartida, alguns modelos ficaram mais compactos, o que significa que eles “produzem” menos lixo eletrônico.
A situação dos celulares é tão curiosa que dos 45 milhões de toneladas de lixo eletrônico produzidos, 1 milhão de toneladas é composta apenas por carregadores.
O ITU tem trabalhado há um tempo em padronizar as portas justamente para evitar a produção de lixo eletrônico em demasia. Para quem não se lembra, os smartphones em meados de 2010 contavam com distintas portas para serem carregados. Entre os dispositivos Android, existe certa padronização, o que não acontece com a Apple, que conta com suas próprias conexões.
Fonte – UOL de 15 de dezembro de 2017
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