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Mais uma cidade quer queimar recursos naturais

Santo André estuda gerar energia a partir do lixo

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e a USTDA (Agência Norte-Americana para o Comércio e Desenvolvimento) assinaram nesta segunda-feira (27) um acordo de cooperação no valor de US$ 469 mil para a realização de estudo de viabilidade para a construção de uma usina de processamento de gás de aterro e geração de energia a partir de resíduos sólidos.

Segundo o superintendente da autarquia, Ângelo Pavin, o estudo poderá durar até um ano e meio. “Ele será responsável por fazer análises técnicas, econômicas e financeiras”, afirmou o comandante da autarquia, que destacou que a iniciativa de propor o estudo foi da própria agência americana, e não do Semasa.

A gerente da Agência, Gabrielle Mandel, explica que o projeto será dividido em duas partes. “Primeiro iremos verificar se podemos utilizar o gás metano existente no local atualmente, que é produzido pelo lixo que lá se encontra, para gerar energia. Depois iremos verificar a possibilidade da construção de uma usina de incineração de lixo”, conta.

“A diferença entre a utilização do gás e da usina é que a usina é um meio de dar uma destinação final ao lixo e, ao mesmo tempo, produzir energia. Já a canalização do gás, teoricamente, já poderia ser feita agora, pois ele existe, ele está lá, pois é produzido por todo o resíduo. Mas os estudos são necessários para sabermos quanto de gás é produzido, se é mesmo suficiente para a transformação em energia e quanto custaria isso tudo”, completou o superintendente. Apesar de não querer se aprofundar no assunto, Pavin garantiu que há empresas interessadas em instalar uma usina no local. “Isso está em andamento”, disse, sem dar detalhes.

São Bernardo

Apesar de Santo André ser um dos primeiros municípios do País a falar na construção de uma usina de incineração de lixo para obtenção de energia, São Bernardo saiu na frente. No início deste mês a Prefeitura local lançou edital para contratação da empresa responsável pela gestão dos resíduos sólidos no município. O vencedor do processo, que será concluído até o fim do ano, responderá ainda pela instalação do sistema de reaproveitamento de resíduos e da unidade de recuperação de energia, a chamada usina verde, com previsão de funcionamento para 2014.

A intenção é que a usina seja construída em terreno de 30 mil m², no antigo aterro do Alvarenga. A estimativa é de geração de até 30 MW/h, quantidade suficiente para iluminar todas as ruas e prédios públicos do município, ou até mesmo uma cidade como Diadema.

Fonte – Aline Bosio, Reporter Diário de 27 de junho de 2011

Queima de lixo ou como eles gostam de chamar “valorização de resíduos” deve ser utilizada como a última das últimas das alternativas, após o retorno dos materiais para o ciclo indústrial ou ciclo biológico, também chamado ciclo de berço a berço ou produto de ciclo fechado, isto é, tudo o que o que pode ser reaproveitado é reaproveitado para a indústria ou para a agricultura.

Na prática funciona assim: separar tudo o que for reciclável e compostável na fonte de geração destes resíduos – casas, restaurantes, empresas, fábricas … – e o que for reciclável ser comercializado para esse material se tornar nutriente para a a indústria, evitando a retirada de recursos naturais do planeta sem necessidade, o que for lixo orgânico tem que ir para a compostagem para se transformar em adubo orgânico para fertilizar o solo, isto é, se tornar nutriente para a natureza.

Daí sim, o que for rejeito, isto é, de 3 a 5% do lixo gerado, o lixo hospitalar, o que não puder ser utilizado como nutriente para a natureza ou para a indústria, pode ser queimado – desde que usados filtros – para evitar utilizar terra fértil como aterro.

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