Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Mar e oceano, você sabe qual a diferença?
Mar e oceano, você sabe qual a diferença entre os dois?
Hoje vamos propor realçar as diferenças que existem entre mar e Oceano. Primeiro, um pouco de história. Quando Vasco Núñez de Balboa cruzou o Istmo de Panamá, em 1513, e se aventurou por águas desconhecidas, ele as chamou de Mar do Sul. Cinco anos depois, Fernão de Magalhães, navegando em clima calmo, o chama de Oceano Pacífico. Este nome tornou-se oficial apenas no final do século XIX. Esta é uma forma de colocar o problema: mares e oceanos são, em primeiro lugar, convenções. São invenções humanas. Daí a dificuldade em diferenciá-los claramente, se não para justificá-los.
A matéria é interessante, vem do site www.science-et-vie.com. Vamos conhecer as diferenças?
Alguns critérios para diferenciar mar e oceano
Existem vários critérios. O primeiro é o mais intuitivo: o que distingue um mar de um oceano é antes de mais nada uma questão de escala. Por definição, o oceano é maior. O menor dos Oceanos, o Índico, tem uma superfície de 73 milhões de quilômetros quadrados, enquanto o maior mar, o da Arábia, cobre 3,6 milhões de quilômetros quadrados.
O maior dos mares, o Mar da Arábia
Oceanos são limitados por continentes…
Essa é outra das diferenças, as fronteiras dos oceanos são os continentes. Já os mares se distinguem por uma área menor e por terem fronteiras diferentes daquelas dos Oceanos.
Oceanos e suas fronteiras: os continentes (Ilustração: http://www.historiaegeografia.com/)
As outras diferenças são a natureza de suas fronteiras, a profundidade, e a salinidade de suas águas, também levadas em consideração pelos oceanógrafos. Por convenção, o termo oceano significa as maiores extensões de água salgada, cercadas por continentes. Há cinco deles: Pacífico, Atlântico, Índico, Ártico, e Antártico, ou Austral.
Os mares têm duas grandes categorias. Por um lado, os mares fronteiriços, dispostos ao longo do contorno dos oceanos, e circunscritos por penínsulas, ilhas ou profundidades abissais. O Mar do Caribe, por exemplo, na fronteira com o Oceano Atlântico, está rodeado por uma série de ilhas.
Ilustração: www.estudopratico.com.br
Há mares muito profundos, e outros, nem tanto…
Mas atenção, tenha cuidado, nem todos os mares são necessariamente “rasos”! A profundidade dos mares fronteiriços pode ser muito grande, acima de 2.000 metros, como o Mar da Noruega (máximo 4.000 m) ou o Mar de Coral (no máximo 9.140 m), localizado entre a Austrália e Nova Caledônia.
Ilustração: http://www.mundoreal.xyz/
Mas os mares também podem ser localizados em plataformas continentais e, portanto, sem exceder 200 metros de profundidade: este é o caso do mar do Canal da Mancha, ou do Mar do Norte.
E, finalmente, há mares fechados…
Este tipo de mar tem características próprias. A segunda maior categoria do que se convencionou chamar de mares, são aqueles que se comunicam com o oceano apenas por um estreito, e são cercados quase totalmente por terra. Esse é o caso do mar Mediterrâneo, ligado ao Atlântico pelo Estreito de Gibraltar.
Mediterrâneo, um dos mares ‘fechados’ (Ilustração: www.istockphoto.com)
Como resultado, ao contrário dos mares costeiros, suas características hidrológicas são muito diferentes das do oceano. Estão sujeitos a uma forte evaporação e são muitas vezes mais salgados do que o oceano global (os cinco oceanos comunicando-se uns com os outros). Enquanto a salinidade deste último é de 35 gramas / litro, no Mediterrâneo, varia de 38 a 39,5 g / litro. No Mar vermelho a salinidade sobe para 41 g / litro. O mar Morto, o campeão em salinidade, tem picos de até 275 gramas por litro! Já o Báltico, também um mar ‘fechado’, mas alimentado por muitos rios, a salinidade cai para 5 ou 10 gramas por litro.
Referência
Fonte – João Lara Mesquita, Mar sem Fim de 01 de fevereiro de 2018
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