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Mato Grosso do Sul – uso de sacolas em supermercados pode ser proibido

Campo Grande News de 29 de setembro de 2009

A distribuição indiscriminada de sacolas plásticas em supermercados, farmácias e feiras, entre outros estabelecimentos, pode ser proibida em Mato Grosso do Sul.

Proposta apresentada pelo deputado estadual Paulo Duarte (PT) nesta terça-feira veta o fornecimento das “sacolinhas” dentro de um prazo de dois a três anos, a contar da aprovação da Lei.

Pelo projeto, os comerciantes devem fornecer embalagens de material biodegradável ou pelo menos reutilizável, de preferência de papel a seus clientes.

Se forem de material descartável, as embalagens deverão cumprir alguns requisitos, como degradar-se dentro de um período específico e apresentar como resultado da biodegradação apenas gás carbônico, água e biomassa.

Para as microempresas e empresas de pequeno porte, o prazo para cumprimento da lei é de três anos. Já para as empresas de grande porte, a lei deverá começar a ser cumprida dois anos após sua aprovação.

Um dos benefícios, segundo Paulo Duarte, é o incentivo fiscal que estas empresas podem receber caso aplicarem recursos em programas ambientais diretamente relacionados à mudança de comportamento da sociedade em relação às embalagens biodegradáveis ou reutilizáveis.

O deputado disse que discutiu o assunto com alguns supermercadistas. Ele destaca que sua proposta não tem a intenção de ser punitiva e nem proibitiva, mas sua idéia foi voltar o foco da sociedade à preservação.

Por que será que estes políticos tem medo de proibir, punir? Esse é o trabalho deles, ao criar leis que protejam a coletividade. Parem de ter medo e se orgulhem de fazer leis que, mesmo sendo desagradáveis, mudam o mundo para melhor. Vocês podem até perder o voto dos poluidores, mas certamente ganharão muitos mais votos de eleitores conscientes.

“Mesmo sabendo que só um projeto não resolve o problema, é um primeiro passo para chegar lá”, declarou.

Ele lembra que, além de poluir a natureza, as sacolas entopem canais de água, bueiros e ainda são depósitos para larvas do mosquito da dengue.

“Antes de mais nada trata-se de uma mudança cultural. Em muitos países da Europa já há essa proibição”, observou.

Estima-se que no Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico a partir do Polietileno, Polipropileno ou materiais similares.

Mudança de hábito

A maioria dos usuários de sacolas tem a preocupação com a destinação do lixo. Isso porque os saquinhos plásticos são quase sempre reutilizados para acomodar restos de comida e embalagens vazias.

A dona de casa Deise Teixeira, de 71 anos, não vê outro modo de carregar suas compras e acomodar seu lixo.

“Vai carregar as coisas como?”, questiona, opinando que a distribuição de sacolas plásticas deveria continuar.

Como assim, essa mulher não sabe como levar as compras para casa aos 71 anos? Com essa idade ela certamente usava sacolas retornáveis antes de se acostumar ao plástico. Que volte aos velhos hábitos. Já não se fazem mais avós como antigamente, que costuravam, faziam crochê, tricô, que faziam suas próprias sacolas retornáveis.

Já o aposentado Aparecido Alves de Oliveira, de 60 anos, concorda com o fim do uso das sacolas, desde que elas sejam substituídas por outro tipo de embalagem, distribuída gratuitamente pelos estabelecimentos.

“A gente tem que transportar em algum lugar, tudo bem mudar, desde que tenha um substituto”, afirmou.

O estabelecimento vende a mercadoria, como o cliente leva para casa é problema dele. Daqui a pouco as pessoas irão exigir transporte gratuito também para irem às compras. É muita cara de pau, muita folga do brasileiro. Compre sacolas retornáveis, faça sacolas retornáveis, leve na mão, mas pare de defender as malditas sacolas de uso único eternas.

A fisioterapeuta Soraia Rodrigues diz se preocupar com a poluição do meio ambiente e afirma que sempre abre mão das sacolas quando há outro meio de transporte das mercadorias.

“Tento colaborar de alguma forma”, diz. Mesmo assim, admite utilizar as sacolas para depositar o lixo de sua residência.

O deputado Paulo Duarte afirma que a alternativa mais viável para o fim do uso das sacolas como depósito de lixo é a coleta reciclável.

“Este nosso projeto é o primeiro passo para chegar nessa fase”, complementou.

Com a separação de material reciclável, o uso do saco de lixo cai em 75%, isso é um fato inegável, só não vê quem não quer.

Isopor

Outra preocupação de ambientalistas em Mato Grosso do Sul é com a destinação do isopor.

Este tipo de embalagem está sendo cada vez mais utilizada no Estado, principalmente por padarias e restaurantes.

Na natureza, o isopor leva cerca de 150 anos para ser degradado, conforme estimativas.

Apesar de ser considerado um produto ecológico, já que não contamina o solo, a água e o ar, e de ser 100% reciclável, não há uma destinação adequada.

Na prática, esse tipo de material não vem sendo reciclado e invariavelmente vai parar no lixão das cidades.

Já existe o isopor oxi-biodegradável, que em aproximadamente um ano e meio terá sido consumido por microorganismos.

E daí xiquito, já arrumou as malas para ir bancar o mala no pantanal? Vá por mim, que tal mergulhar em um rio de piranhas e jacarés enquanto estiver lá? Pelo menos você vai sedimir de todos os seus pecados contra o planeta e ter alguma utilidade na vida, alimentar a fauna local, hahaha.

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