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Mexendo (n)os pauzinhos

Hashi – Divulgação

Outro utensílio é alvo de campanhas ecologicamente corretas no exterior: os hashis

Além dos canudos, outro utensílio é alvo de campanhas ecologicamente corretas no exterior: os hashis. O mundo recentemente arregalou os olhos para o volume de palitinhos descartados pelos quatro cantos do planeta. Só China e Japão despacham 200 milhões de pares de madeira por dia. Segundo o Greenpeace, os chineses derrubam 3,8 milhões de árvores por ano para fazer os palitinhos. Com suas florestas ameaçadas, a saída tem sido portar hashis (kuaizis, na China) feitos na Rússia, no Vietnã e na Indonésia.

De olho neste números, vêm surtindo efeito, fazendo barulho e ganhando adeptos mundo afora movimentos como o “My hashi” e “BYOC, Bring Your Chopsticks” (traga o seu proprio hashi), que pregam uma mudança de hábito simples e eficaz: a do cliente levar de casa os seus próprios pauzinhos. Em troca, ganha descontos apetitosos.

Em Londres a prática é hoje tão recorrente que algumas casas recebem com o “clube do hashi”, espaço onde o cliente pode deixar o “talher” em caixas personalizadas. Já na outra ponta (do pauzinho), o mercado passou a apostar na confecção de hashis feitos com materiais alternativos, caso do polímero à base arroz, bom, bonito e barato. Ou ecológicos: porcelana, bambu, inox… Acima de tudo e todos, resta a simpática prática que aprendi com o Nao Hara e virei adepta: a de comer com os dedos. Não tem coisa melhor.

Fonte – Luciana Fróes, O Globo de 23 de fevereiro de 2018

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