Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Mineradora que contaminou rio do Pará já devia mais de R$ 17 milhões em multas ambientais
Foto: Divulgação
Depois do desastre que aconteceu na cidade de Mariana, em Minas Gerais, – que inclusive pode ter relação direta com o surto de febre amarela que assola atualmente o país – foi a vez da cidade de Barcarena, no Pará, ganhar os noticiários por conta de um novo vazamento proveniente de uma mineradora.
Tudo começou quando os moradores da região perceberam o aumento súbito do rio que atravessa a cidade. A água invadiu as casas da comunidade e possuía uma cor estranha, puxada pro vermelho.
A mineradora norueguesa Hydro Alunorte negou ter qualquer relação com o episódio, mas um laudo divulgado dias depois pelo Instituto Evandro Chagas pôs fim à mentira: trata-se sim de um vazamento que começou nas barragens de rejeitos de bauxita da empresa e que foi ocasionado por uma ligação clandestina (!!) feita pela companhia para se livrar dos efluentes contaminados que estavam acumulados dentro de sua fábrica. Dá para acreditar?
A “palhaçada” feita pela Hydro Alunorte – para não chamar de outra coisa – contaminou a água da cidade com alumínio, nitrato, sódio e chumbo – substância que pode, inclusive, causar câncer nas pessoas que são colocadas em contato com ela. E a mineradora? Após tamanho estrago, foi notificada para criar um fundo financeiro específico para o incidente e para outros eventuais desastres do tipo que possa causar na região. E só!!!!
Isso porque a empresa já soma mais de R$ 17 milhões em multas ambientais do Ibama, que recebeu desde 2009 e que NUNCA foram pagas – e NADA foi feito!
Até quando, Brasil?
Fonte – Débora Spitzcovsky, The Greenest Post de 26 de fevereiro de 2018
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