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Nova Esperança resolve o problema do lixo. Enquanto isso, em Maringá e no resto do país …

Enquanto isso, em Maringá e nos outros milhares de municípios do país os prefeitos continuam enterrando materiais recicláveis que deveriam voltar para o ciclo de produção como novos produtos e enterrando resíduo orgânico, que deveria ser transformado em adubo orgânico para fertilizar nosso solo.

Estamos esgotando recursos naturais por pura preguiça da dona Maria e do seu José de fazerem o mais básico do básico, que é limpar sua própria sujeira, separar o lixo na fonte, isto é, em suas casas. Com essa atitude, iria para os aterros ou lixões – que predominam no país – apenas 5% de tudo o que é gerado em uma cidade, que é o rejeito, o que não pode ser reciclado nem compostado.

Todos os dias a mídia nos expõe o grande problema das cidades que estão com seus lixões e aterros esgotados, tem estado querendo até queimar o lixo, mas ninguém fala o óbvio, que é gerar riqueza com o lixo através da reciclagem e compostagem. Basta apenas mudar o conceito, afinal, lixo não é lixo, é matéria prima para novo produtos.

Os políticos não tem coragem para punir o contribuinte, seja através do não recolhimento do lixo misturado ou então através de multa para quem não fizer o seu dever básico, separar seu lixo antes da coleta. Os prefeitos não agem por medo de perder votos nas futuras eleições, tem medo de mexer com a máfia do lixo ou então pelo lixo estar no final da lista de prioridades de suas agendas, porque resolver o problema do lixo dá trabalho, é mais fácil ficar inaugurando obras que dão maior visibilidade, mas já passou da hora de prefeitos fazerem seu trabalho, isto é, resolver o problema do lixo antes de sermos soterrados por ele.

Talvez fosse o caso dos prefeitos fazerem visitas mensais aos seus aterros e lixões, desde o dia em que se elegem, para aprenderem que ao colocar o lixo para fora de casa ele não desaparece, somente troca de lugar, da frente das casas para um local onde ficará eternamente, se não for reciclado e compostado. Talvez só falte isso os prefeitos agirem.

Não, não esquecemos de mencionar o lixo hospitalar, da indústria, do comércio e da construção, porque estes já sofrem fiscalização e onde a fiscalização funciona, estão destinando seu lixo corretamente.

O interessante é que em Nova Esperança, distante 470 km da capital, resolveu o problema de seu lixo e a mídia não está divulgando. Tem outra cidade no estado se preparando para multar quem não separar o lixo e a mídia, novamente, não está dando destaque.

Será que a máfia do lixo está por trás deste silêncio? Porque, não se engane, lixo dá dinheiro, e muito, e como todo político é religioso, isto é, recebe o dízimo, o terço, todos ganham ao não resolver o problema e quem sofre é o meio ambiente e os seres humanos, inclusive os que ainda nem nasceram, pois, quem você acha que vai limpar a sujeira que os humanos do Século XX e XXI geraram a estão gerando?

Li no final de semana a petição inicial do promotor de meio ambiente de Nova Esperança, o foi o passo inicial para a solução do lixo naquela cidade. Foram quarenta páginas que todos os promotores de meio ambiente do país deveriam ler e se inspirar com a coragem do Doutor Nivaldo Bazoti. Sim, coragem, porque ele foi o único promotor que conseguiu resolver o problema do lixo no país. Este ato de bravura deste promotor deveria servir de espelho para todos os outros promotores de meio ambiente do Brasil. Parabéns Doutor Nivaldo, temos cada vez mais orgulho de morar no Paraná.

E o que falar do juiz que antecipou a tutela do processo, senão que, ele também cumpriu muito bem com seu dever, ele foi sensível aos problemas ambientais decorrentes do lixo e com esta ação da promotoria. Estamos em um momento em que os governantes não podem mais enrolar o mandato inteiro.

O padrão no Brasil é que quando um prefeito é empossado, ele empurra os problemas deixados pelo último prefeito, enrola o ministério público por quatro ou oito anos e deixa os problemas mais complicados, como por exemplo o lixo, para o próximo prefeito enrolar o ministério público mais alguns anos. É só olhar as mudanças climáticas, para ver que não temos mais tempo de empurrar os problemas para os próximos governantes. O planeta não será destruído com nossas ações, mas a humanidade está fadada ao desaparecimento, por falta de ações responsáveis que mudem nosso destino.

Uma coisa interessante que o promotor fez foi cobrar uma multa diária para a pessoa física do prefeito e não da prefeitura, caso não cumprisse a determinação do MP de resolver o problema do lixo.

Outra coisa interessante é o grande adesivo vermelho chamativo afixado no saco de lixo quando não é coletado, contendo a frase ESTE LIXO NÃO FOI RECOLHIDO PORQUE NÃO FOI SEPARADO. Particularmente eu acho que além do não recolhimento, o cidadão também deveria receber uma multa.

Como resultado desta ação conjunta do promotor, juiz e prefeitura, uma cidade conseguiu sair da estatística de coleta de lixo do país que é de 0,8% e passar para extraordinários 70%.

Apesar de não havermos chegado ao ideal de 100% de reciclagem, ainda assim, mostra que é possível fazer a reciclagem, desde que envolva a população separando na fonte, gerando materiais limpos, não contaminados.

Parabéns ao Promotor de meio ambiente pela ação civil pública, ao juiz pela tutela antecipada e à prefeitura de Nova Esperança que renova nossas esperanças em um futuro mais limpo para a humanidade.

Voltarei a este assunto em breve, aguarde.

Veja abaixo a matéria da solução do lixo em Nova Esperança.

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