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Nova tecnologia promete fornecer energia e água potável a milhões de pessoas

DAMARES ALVES – Socientifica
Que células solares serão o futuro da energia renovável – sejam elas de silício ou perovskitas – nós já sabíamos.  Mas acontece cientistas acabaram de criar uma tecnologia capaz de usar o calor dispersado pelas células solares para purificar água.
Segundo relatórios da Organização Mundial de Saúde, mais de 2 bilhões de pessoas não tem acesso a água potável. Um número incrivelmente maior também não possui energia elétrica em casa.

Um quarto da população população mundial não tem água própria para o consumo. É importante dar enfase a esse paragrafo por que ele destaca a importância desse tipo de tecnologia.

É claro que combinar a produção de energética com a descontaminação de água não é nenhuma novidade, uma empresa americana, aliás, fez isso. A Zero Mass Water, utiliza a energia provinda do sol para condensar água líquida diretamente da atmosfera.
Os engenheiros deste último dispositivo projetaram suas células pensando justamente na eficiência, dobrando os componentes para destilação abaixo de uma célula fotovoltaica de silício padrão, de uma forma que não afeta a produção de energia.

Pouco mais de 10% da luz solar coletada por essa célula em um dia claro vai para a geração de uma corrente elétrica, uma eficiência que não está muito atrás da tecnologia solar convencional.

Uma fração da radiação solar restante se transforma em energia térmica, que normalmente seria desperdiçada. Aquele calor é, em vez disso, absorvido por uma pilha tipo panqueca de membranas hidrofóbicas embaralhadas entre os materiais selecionados para auxiliar a evaporação e a condensação.

O calor força a água a se transformar em vapor, como acontece com qualquer placa solar comum. Mas, a medida que se condensa, a energia térmica é transmitida para as membranas inferiores, para que o processo se repita, o que contribuí para uma maior taxa de destilação.

Pesquisadores descobriram que poderiam melhorar os alambiques solares convencionais apenas empilhando as membranas dessa maneira, potencialmente produzindo cerca de cinco vezes a mesma quantidade de água limpa.

Apenas 1 m² desse dispositivo se mostrou capaz de destilar quase dois litros de água do mar por hora. Isso sem comprometer a quantidade de energia produzida.

O próximo passo da equipe de pesquisadores é aumentar ainda mais a sua eficiência. Infelizmente, essa tecnologia ainda pode demorar para ser comercializada.

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