Por Jean Silva* - Jornal da USP - 1 de novembro de 2024 - Tucuruvi,…
Novo estudo prevê extinção em massa em 140 anos
Um novo estudo sugere que o velho ditado sobre a história está se repetindo e é absolutamente verdadeiro
Neste caso, a história que se repete pertence a ninguém menos que o tópico na mente de todos – a extinção. Os pesquisadores acreditam que levou 56 milhões de anos para a Terra enfrentar outra extinção em massa que pode ocorrer em apenas 140 anos.
A pesquisa, divulgada na última quarta-feira (27/02) e publicada na revista Geophysical Research Letters, compara as condições do período máximo térmico do Paleoceno-Eoceno (PETM) com a atual condição de aquecimento do nosso planeta. Nos dias do PETM, o dióxido de carbono subiu, aumentando as temperaturas da Terra em 9 a 14 graus. O Atlântico tropical aqueceu a aproximadamente 97 graus e em consequência disso os animais terrestres e marinhos morreram. Demorou 150.000 anos para o planeta se recuperar.
Infelizmente para nós, as emissões de dióxido de carbono estão subindo dez vezes mais rápido agora do que durante o PETM. Naquela época, os incêndios florestais, a atividade vulcânica e o metano flutuando do fundo do mar e do permafrost eram os culpados. No ano passado, as emissões em países com economias avançadas aumentaram ligeiramente após um declínio de cinco anos. Nesse ritmo, o estudo prevê que a atmosfera da Terra será comparável ao início do PETM em 140 anos, atingindo um pico em 259 anos. Sabe quando será o resultado? A extinção em massa.
Philip Gingerich, o autor do estudo, fez uma revisão da literatura de estudos anteriores sobre PETM e a taxa de acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera. Baseado em oito estudos publicados entre 2009 e 2018, ele usou modelos para projetar emissões futuras causadas por seres humanos. Gingerich é professor emérito do departamento de ciências da terra da Universidade de Michigan. Ele dirigiu o Museu de Paleontologia da universidade por quase 30 anos.
“É como se estivéssemos deliberada e eficientemente fabricando carbono para emissão para a atmosfera a uma taxa que em breve terá consequências comparáveis a grandes eventos há muito tempo na história da Terra”, disse Gingerich à Earther.
Como ele afirma em seu estudo, “um segundo evento global de aquecimento de estufa em escala de PETM está no horizonte, se não pudermos reduzir as taxas de emissão de carbono antropogênico”.
Aurélio Barbato é Administrador de Empresas e Economista, formado pela Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado especializado em Economia Sustentável, coordenou atividades, temas, discussões de políticas públicas e eventos importantes no setor da indústria eletroeletrônica. Para falar comigo envie um e-mail para aurelio@gestaoestrategica.com.br
Fonte – Neo Mondo de 28 de fevereiro de 2019
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