Por Elton Alisson - Agência FAPESP - 19 de abril de 2024 - Cerca de 90% da…
O Banco Mundial vai parar de financiar negócios de petróleo a partir de 2019
Projetos de energia renovável devem ser priorizados
O Banco Mundial fez um anúncio importantíssimo na cúpula One Planet, convocada pelo presidente francês Emmanuel Macron: seu plano de interromper o financiamento de projetos de petróleo e gás em 2019.
A declaração ocorreu no aniversário de dois anos do Acordo de Paris, e certamente será celebrada pelos opositores da energia baseada em combustíveis fósseis e pelos defensores do meio ambiente.
A decisão
O Banco Mundial concede empréstimos aos países em desenvolvimento para promover crescimento econômico.
No último 12 de dezembro, no entanto, informou que já não oferecerá suporte financeiro para exploração de petróleo e gás após 2019.
Durante a cúpula, o banco divulgou um comunicado citando a necessidade de mudar para agir de acordo com um mundo em transformação.
Em 2015, o banco já havia prometido ter 28% de seu portfólio dedicado para a ação climática até 2020. A decisão recente sobre o financiamento de combustíveis fósseis sugere que a instituição está atuando para atingir esse objetivo.
Acordo climático
Este é mais um golpe para a indústria de energia de combustíveis fósseis e uma vitória aparentemente significativa para os defensores do meio ambiente.
A economia em torno do setor de energia está cada vez mais atraente para a energia renovável. Em todo o mundo, tornou-se mais barato construir novas instalações de energia renovável (como a solar e a eólica) do que operar e manter plantas de energia de carvão existentes.
O plano do Banco Mundial estabelece uma ressalva, no entanto: em “circunstâncias excepcionais”, considerará “financiar gás nos países mais pobres, onde há um claro benefício em termos de acesso à energia para os pobres e [se] o projeto se encaixar dentro dos compromissos do Acordo de Paris”.
O Acordo de Paris é um fator importante na decisão. Ele parecia incerto depois que o atual presidente dos Estados Unidos, um dos principais e mais influentes países membros, decidiu retirar-se, mas o acordo parece prosperar, mesmo por lá, o que pode ajudar a alcançar os objetivos estabelecidos em Paris contra todas as probabilidades.
Fonte – Natasha Romanzoti, Hypescience de 14 de dezembro de 2017
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