Por Redação do Jonal da USP – EcoDebate – 8 de agosto de 2022 – Os pontos de entrada de poluição plástica nos mares brasileiros são as fozes dos principais rios das bacias hidrográficas, como o Rio Amazonas
Segundo pesquisa da rede Blue Keepers, programa desenvolvido para combater a poluição do plástico em rios e oceanos, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil está entre os 20 países no mundo que mais contribuem para a poluição plástica nos oceanos.
Um estudo inédito, disponibilizado pelo projeto, aponta que cada brasileiro pode ser responsável por 16 quilogramas de resíduos no mar por ano.
Os dados recolhidos são disponibilizados em uma plataforma de livre acesso com o intuito de conscientizar a população do panorama emergencial em que se encontram as águas.
Apesar de políticas ligadas aos resíduos sólidos e ao saneamento, o planejamento e a execução de ações contra o plástico no ambiente são beneficiados pelos dados da Blue Keepers.
Por meio do relacionamento com as prefeituras, as responsáveis pela limpeza urbana, “precisamos deixar esse legado de trabalhar com essas municipalidades em capacitações técnicas, mas também em prototipagem de soluções”, explica o professor Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico da USP (IO) e coordenador da Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano do Instituto de Energia e Ambiente da USP (IEA).
O projeto também implementa uma abordagem territorial como método para analisar a gestão dos resíduos pelos brasileiros, ao considerar o perfil de consumo e a informação utilizada para o descarte adequado.
“Quanto as pessoas consomem? E o que elas fazem com esses resíduos em termos de reciclagem ou destinação final apropriada ou não apropriada?”, reflete o professor.
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