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O engodo da prefeitura de Belo Horizonte na limpeza de araque na Lagoa da Pampulha

Cartão postal da cidade e uma das áreas mais nobres, a região da Lagoa da Pampulha, projetada por Oscar Niemeyer, poderia ganhar aspecto e funcionalidade litorâneos nos próximos anos.

Era o que se previa em relação às obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento(PAC 2) incluindo subsídios de até R$ 102 milhões para a revitalização da Lagoa, que lamentavelmente se tornou um grande depósito de esgotos.

A despoluição da Lagoa da Pampulha, há décadas no glossário do” promessometro” dos políticos agora ganha uma nova faceta, em função da necessidade da capital mineira também se adequar para receber os jogos da Copa do Mundo.

De acordo com estudos científicos, bacias hidrográficas como a da lagoa da Pampulha foram classificadas visando a defesa de seus níveis de qualidade e considerando que a saúde e o bem estar humano, assim como o equilíbrio ecológico aquático, que não devem ser afetados como conseqüência da deterioração da qualidade das águas.

Ocorre que uma manobra na proposta de edital para a realização das obras propõe que sejam realizados os ajustes necessários para que as águas se enquadrem como de Classe 2, o que significa que continuariam poluídas, apenas um pouco menos que na atualidade.

Assim, em silêncio do jeito que político mineiro gosta, a oportunidade de despoluir a lagoa da Pampulha ao ponto de poder equiparar-se à situação, por exemplo, do lago do Ibirapuera em São Paulo, será totalmente perdida, na medida em que ficará apenas um pouquinho menos suja, mas nunca limpa.

Com isso, o sonhado plano de valorizar essa região da cidade parece que vai ser um tremendo engodo em função da falsa idéia de que é possível economizar, já que o mineiro dificilmente exigiria algo melhor. É o cúmulo!

Fonte – Brasil Sustentável

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