Entrevista concedida pela FUNVERDE para a revista HM! sobre as malditas sacolas plásticas de uso…
O exemplo de Xanxerê
Para quem pensa que, quando se mexe no bolso das pessoas, a conscientização fica mais fácil, Xanxerê é um exemplo concreto.
Diferente do que se pode imaginar, a idéia de não distribuir mais as sacolas de plástico tradicionais veio das próprias redes de supermercado da cidade de pouco mais de 40 mil habitantes, no interior de Santa Catarina.
Preocupados com o uso abusivo das sacolas e ligados nas tendências mundiais, os supermercadistas decidiram vender em vez de distribuir as sacolas em suas lojas. O foco, no entanto, era a importância da reutilização – fosse de uma sacola de pano ou de plástico ou uma caixa de papelão.
Na Secretaria Municipal do Meio Ambiente e em outras entidades locais, encontraram o apoio que precisavam para efetivar a idéia da conscientização. O projeto, que durou seis meses, teve imprensa, escolas e associações de moradores como grandes alvos.
– Sem uma rede de apoiadores não é possível mudar nada – garante Edson Marció, supermercadista e um dos coordenadores do projeto.
Para banir as embalagens plásticas, sacolas retornáveis foram disponibilizadas a preço de custo, e cerca de 3 mil unidades foram doadas para famílias carantes da cidade. Hoje, a unidade de sacola plástica tradicional é vendida por R$ 0,10, e a de papel, por R$ 0,25, em 90% dos supermercados locais. Os que não fazem parte do projeto são, em sua maioria, pequenos armazéns.
Um ano depois do início da campanha, os números podem surpreender até mesmo os céticos. Mais de 84% da população diz ter se adaptado à nova realidade, e um número ainda maior, 86% garante aprovar o uso das sacolas retornáveis.
Dessa forma, mais 11 cidades no oeste de Santa Catarina replicaram o projeto e outras quatro estão em fase de implantação. Todas com o apoio de Xanxerê, que deixou de consumir cerca de 40 toneladas de sacolas em um ano de projeto.
Zero Hora de 05 de julho de 2010
Xanxerê é um exemplo que deve ser seguido por todas as 5.500 cidades do País, pois o consumo mensal da cidade era de um milhão de sacolas e depois de banirem as sacolas plásticas de uso único, diminuíram a geração de 10% de todo o lixo da cidada, que é o que representa o uso de sacolas plásticas de uso único.
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