Brasil deve aumentar a meta de redução de emissões?
Como a principal cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) para debater questões relacionadas ao clima, a CPOP26 acontece em Glasgow, na Escócia e vai até 12 de novembro.
Tendo como pauta principal a regulamentação do artigo 6 do acordo de Paris, que se refere a criação de um mercado mundial de carbono.
A expectativa é de que, com a definição de regras sobre o assunto, os países possam cobrar as empresas poluidoras, a exemplo da Europa que já fala em implantar um imposto de carbono na fronteira.
Em entrevista para a revista Exame, a presidente para América Latina do Grupo Solvay, Daniela Manique disse que espera que essa regulamentação venha de fato da COP26.
“O fato de não termos uma cobrança global sobre as emissões das empresas, cria uma diferença de custeio importante.”
E acrescenta “não é justo um concorrente vender 20% mais barato porque queima carvão, enquanto eu invisto em alternativas há 20 anos”.
Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, no que se refere as mudanças climáticas, esta é a “última chance de – literalmente – virar a maré”.
O papel do Brasil
Para o CEBDS, o Brasil é um dos países com mais potencial de venda de créditos de carbono, podendo chegar a US$ 72 bilhões em receitas até 2030.
Por isso, diferentemente do anunciado em abril na Cúpula do Clima, onde a meta do desmatamento ilegal zero foi antecipada de 2060 para 2050, espera-se que o Brasil se comprometa com o aumento da redução da meta de emissão até 2030.
Assumindo assim, o protagonismo de uma nova ordem global de redução de gases-estufa, beneficiando a economia verde.
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