Entrevista concedida pela FUNVERDE para a revista HM! sobre as malditas sacolas plásticas de uso…
O que significa greenwashing
Segundo a Wikipédia, Greenwashing (traduzido como branqueamento ecológico) ou Greenwash (traduzido como lavagem verde), é um termo utilizado para designar um procedimento de marketing utilizado por uma organização (empresa, governo, etc) com o objectivo de dar à opinião pública uma imagem ecologicamente responsável dos seus serviços ou produtos, ou mesmo da própria organização.
O interessante é que em inglês, o termo greenwash é uma mistura de de dois termos: green e whitewash. Green, como já vimos, significa verde e whitewash é uma espécie de tinta branca barata aplicada na fachada de casas. Por isso essa expressão é usada por ambientalistas para se referir às propagandas corporativas que tentam mascarar um desempenho ambiental fraco por parte da empresa.
Informações enganosas difundidas por algumas empresas e organizaçõespodem confundem consumidores e gerar ceticismo, o que pode significar uma ameaça à conscientização ambiental. Esse processo de desinformação anula os esforçosde varejistas e fabricantes que procuram, conscientemente, melhorar seu desempenho. É claro que muitas empresas estão verdadeiramente melhorando o seu desempenho ambiental de maneira ética e estão fazendo isso apenas com os melhores motivos. Mas outros vêm nessa ferramenta de marketing novas possibilidades de lucros e exageram em seu discurso verde. Vem crescendo o número de denúncias contra empresas que aplicam o golpe de empresa verde. Fazem parte dessa estatística desde micro-empresas até grandes organizações.
Por isso, qualquer profissional das áreas de design, publicidade, marketing e vendas precisa se assegurar de que seus produtos e campanhas passem no teste do greenwash, para não cair em discursos vazios.
Há uma definição mais completa para o conceito em um artigo de Thiago Araújo, publicado no AmbienteBrasil.
Greenwashing é um termo em língua inglesa usado quando uma empresa, organização não governamental (ONG), ou mesmo o próprio governo, propaga práticas ambientais positivas e, na verdade, possui atuação contrária aos interesses e bens ambientais. Trata-se do uso de idéias ambientais para construção de uma imagem pública positiva de “amigo do meio ambiente” que, porém, não é condizente com a real gestão, negativa e causadora de degradação ambiental.
Isso não quer dizer que as empresas não podem divulgar o que estão fazendo pelo meio ambiente, mas sim que devem agir de modo transparente. Um produto que consome menos energia ou emite menos gases poluentes não pode ser intitulado como “ecológico” se o seu processo produtivo também não foi adaptado para diminuir as agressões à natureza.
Um estudo da empresa americana TerraChoice Environmental Marketing, citado na revista Business do Bem e também no AmbienteBrasil, apontou os seis pecados cometidos pelo “greenwashing” ao fazer propaganda das qualidades de um produto. Fique de olho na hora das compras:
1 – Malefícios escondidos
2 – Falta de provas (certificações duvidosas, por exemplo)
3 – Promessa vaga (informações chamativas como “100% verde” sem explicações sobre o que realmente significam)
4 – Dois demônios (produtos “ecológicos” mas que naturalmente trazem malefícios, como cigarros orgânicos)
5 – Irrelevância
6 – Mentira (qualidades falsas)
Fonte – Projeto Jogo Limpo
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