A rabo-de-bugio (Dalbergia ecastophyllum), uma árvore comum nos manguezais do nordeste do Brasil, é famosa por eliminar um líquido vermelho quando sofre algum ferimento no caule.
O “sangue” da árvore é na verdade um exsudato (líquido com alto teor de proteínas e leucócitos), importante para cicatrizar o tecido e evitar contaminações.
Abelhas-europeias (Apis mellifera) aprenderam a transformar essa resina em própolis que, por sua vez, serve para defender a colmeia de invasores.
“Ela diminui a incidência de bactérias e fungos, é utilizada para embalsamar intrusos que são mortos e são muito difíceis ou impossíveis de remover, evitando assim a putrefação. Também é utilizada como material de construção e para tapar buracos na colmeia”, comenta a bióloga Letizia Migliore, doutoranda do Museu de Zoologia da USP.
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