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Padaria quer abolir o uso do plástico
Página 20 de 26 de março de 2008
Consciência ambiental faz comerciante abandonar sacolas para voltar ao uso dos tradicionais papéis de pão
A consciência ambiental do comerciante Amarildo Vale não vem de discursos políticos e sim de seu olhar crítico sobre o que presencia diariamente. Morador do bairro Cidade Nova, que anualmente acompanha o transbordamento do Rio Acre bem de perto, ele sabe do agravamento do fenômeno natural provocado pelo lixo, comumente arrastado pela correnteza do afluente.
Amarildo não se cansa de olhar a quantidade de garrafas pets e de sacolas que são jogadas pela própria população dentro do rio. Ele condena a ação e diz que sua maior dor foi ver um dia um peixe morto asfixiado dentro de uma sacola de plástico.
“O plástico é uma verdadeira praga para o meio ambiente. Pesquisei e vi que alguns tipos demoram até 400 anos para se decompor. Então porque a gente simplesmente não deixa de usa-lo, já que temos que fazer alguma coisa urgente para salvar a natureza?”, indaga o comerciante.
Esta pergunta ele respondeu com uma iniciativa simples, mas capaz de causar grandes transformações se for tomada como exemplo. Amarildo é dono de uma padaria na rua Nossa Senhora da Conceição, no bairro 15, que leva o nome de “V. Lima”. Recentemente ele aderiu ao uso dos tradicionais papéis de pão – que na verdade possuem forma de sacos e com personalização – para reduzir o uso desnecessário de sacolas.
O comerciante conta que encontrou os sacos de papel em uma página da Internet e resolveu experimentar. “O grupo que produz este material é de Minas Gerais e eu encomendei inicialmente cerca de oito milheiros deles, entre sacos pequenos, médios e grandes”, completou.
Cada milheiro comprado por Amarildo estampa em suas embalagens textos que incentivam a preservação do meio ambiente. Alguns trazem especificações de que foram produzidos a partir de florestas plantadas e reflorestadas e que chegaram no mercado para acabar com o maior vilão do meio ambiente: os sacos plásticos.
“Na disputa entre o plástico e o papel, o plástico saiu vitorioso. Seu processo de produção é mais barato. Mas com isso o ambiente saiu perdendo. Sacos de plástico levam um tempo quase infinito para desaparecer nos aterros sanitários”, é o que está escrito em algumas embalagens.
Para o cliente da padaria, Ralf Adão da Silveira, tudo o que é feito em benefício da natureza é muito bem vindo. Por isso ele acredita que Amarildo está de parabéns em começar a disseminar no Estado uma prática que já deveria ser mais comum entre os grandes comerciantes.
“A gente percebe a falta de consciência que alguns comerciantes têm quando além de usar o saco de papel para embalar um salgado e em seguida o colocam dentro de uma sacola de plástico. Duas embalagens são desnecessárias e acabam produzindo mais lixo”, destaca.
Amarildo afirma que tem recebido muitos elogios por parte dos clientes. Alguns dizem até que não vão mais comprar nada em outras padarias. A fidelidade da clientela ele não atribui somente ao uso dos sacos de papel. “Produzimos o pão mais gostoso e mais barato da região”, orgulha-se.
Parabéns pela iniciativa do Sr Amarildo, por acordar do pesadelo da plastificação.
Só tem um porém, o ideal seria o Sr Amarildo vender ou dar sacolas retornáveis para os clientes porque, usar terra fértil para plantar sacola, quer seja de papel ou de plástico biodegradável é um crime contra as futuras gerações.
Não estou classificando o Sr Amarildo como criminoso, por favor, apenas temos que entender que não dá para utilizar terra que deve ser utilizada para plantar alimentos para os humanos para plantar embalagem que é usada apenas por meia hora e o solo vai ficando cada vez menos fértil.
Uma sugestão para o Sr Amarildo. Venda as sacolas retornáveis e dê desconto no pão e no leite quando o cliente voltar com a sacola, assim o senhor estimula o cliente a trazer sua própria sacola.
Ou então, consiga patrocinadores para estas sacolas – a fábrica de farinha de trigo, fermento, leite … – e doe estas sacolas aos clientes fiéis, o cliente compra x vezes na padaria ou x reais e ganha uma sacola e quando retornar com esta sacola ganha o desconto no pão e no leite.
De qualquer maneira, parabéns pela iniciativa, ainda que não seja a ideal, é um começo e, grandes jornadas se iniciam com o primeiro passo.
Oh, mas que otima noticia. Prefiro a moda antiga, comprar o pao que venha em sacos de papel, nao qual posso utiliza-lo para outros fins, reaproveitando-o.
abraco
eu queria o uso do plastico e chego isso nada ve né