Por José Tadeu Arantes - Agência FAPESP - 31 de outubro de 2024 - Estratégia…
Para ONU escassez de água é o maior risco dos extremos climáticos
Com o clima extremo custando centenas de bilhões por ano, a comunidade internacional teme que, até 2050, uma em cada quatro pessoas esteja vivendo em um país afetado pela escassez de água. O tema foi discutido neste mês durante uma conferência mundial de três dias realizada pela agência meteorológica das Nações Unidas.
Os participantes abordaram a necessidade urgente de melhorar o gerenciamento do recurso de maneira mais sustentável.
A Conferência Global para a Prosperidade através dos Serviços Hídricos, organizada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), foi realizada de 7 a 9 de maio, em Genebra.
O encontro reuniu fornecedores e usuários de serviços hidrológicos e meteorológicos de 85 países, o setor privado e acadêmico, bem como organizações não governamentais e entidades da ONU.
O objetivo é coordenar esforços e fortalecer o conhecimento técnico individual e coletivo sobre como gerenciar os recursos hídricos e reduzir os riscos de desastres naturais de maneira mais sustentável.
O estado dos recursos hídricos do planeta é um dos maiores desafios globais. O problema torna-se ainda mais complicado devido à falta de dados abrangentes sobre sistemas de monitoramento e abastecimento de água, o que dificulta a resposta à crescente crise.
“Não podemos administrar o que não mensuramos”, disse Harry Lins, presidente da Comissão de Hidrologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
“E, no entanto, os sistemas e a coleta de dados que sustentam esses serviços vitais para a sociedade estão sob real pressão”, acrescentou, ressaltando que a tomada de decisões informada deve ser baseada em fatos e números abrangentes.
O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, observou que é importante para todas as partes lidar com a gravidade dos desafios que estão por vir, citando as secas e inundações.
“Políticas efetivas contra inundações e secas podem ser implementadas apenas com dados e modelos que avaliem a frequência e a magnitude de eventos extremos”, ponderou, acrescentando que o mesmo vale para outras metas relacionadas à água e seu uso eficiente; incluindo os da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 6 apela explicitamente para o gerenciamento sustentável da água e do saneamento para todos. A água também é um componente-chave para outros Objetivos Globais, incluindo aqueles que eliminam a pobreza extrema (ODS 1); o ODS 2, para erradicar a fome e a desnutrição; assim como o ODS 13, sobre a mitigação das mudanças climáticas.
Fontes – ONUBr / Julio Ottoboni, Envolverde de 25 de maio de 2018
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