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Parceria entre condomínio e cooperativa é modelo de reciclagem
Moradores separam papel, papelão, vidro, sucata eletrônica e plástico em recipientes específicos
Um condomínio de Maringá é exemplo em reciclagem. No local, que conta com 155 apartamentos e aproximadamente 600 moradores, é feita a separação do lixo: papel, papelão, vidro, sucata eletrônica e plástico são colocados em recipientes específicos e, semanalmente, são recolhidos por uma cooperativa. Além de separar os produtos, os moradores evitam que os recicláveis estejam molhados e com resíduos orgânicos, garantindo a venda dos materiais pela cooperativa a indústrias de reciclagem.
A presidente da cooperativa, Nilza Mantovani, destaca o envolvimento dos condôminos. “Os moradores têm o cuidado em não deixar garrafas de vidro quebradas e latas abertas para evitar ferimento aos cooperados. Em uma coleta que realizei fora do condomínio acabei cortando minha mão e ficando 15 dias sem trabalhar”, afirma, lembrando que o objetivo é profissionalizar o negócio e romper com o estigma assistencialista que envolve as cooperativas. “Queremos ser reconhecidos como profissionais. Se toda população participar nossa renda será bem maior”, afirmou.
Atualmente o município conta com sete cooperativas: Cooperpalmeiras, Coopermaringá, Coopernorte, Associação Coopercicla e Cooperambiental, além da Coopercanção (sucatas eletrônicas) e Coopervidros (coleta de vidros). A administração mantém contrato de prestação de serviços com as cooperativas e além de oferecer apoio técnico, destina recursos conforme a produção.
A síndica do condomínio, Maria de Fátima Sano, lembra que a separação dos recicláveis é feita desde 2012. Mas a partir de 2015, com a participação da cooperativa que o envolvimento dos moradores aumentou. “Temos uma relação muito boa com a Nilza. Morei vários anos no Japão e vi como esse cuidado com o meio ambiente faz bem para a cidadania”, afirmou.
O secretário de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal, Jaime Dallagnol, ressalta que o projeto é um bom exemplo de fidelidade entre a cooperativa e o condomínio e explica que a relação estimula a separação dos recicláveis. “Os cooperados ficam contentes com o grande número de produtos para separar e vender. Esse vínculo entre os cooperados e os moradores é ideal pois dificulta a ação de atravessadores e mais, ao invés da administração pagar R$ 100 por tonelada para aterrar produtos, a coleta seletiva é fonte de recursos para diversas famílias de baixa renda”, destaca.
A diretora de Apoio às Cooperativas da Sema, Vera Lúcia Tasca, lembra que a Cooperambiental é uma das cooperativas mais organizadas do município. “A Nilza é uma empreendedora que paga em dia e dá toda assistência aos cooperados. Queremos desenvolver esse profissionalismo também com outras cooperativas”, afirmou.
Fonte – O Diário do Norte do Paraná de 03 de março de 2017
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