PGRS e a interrupção da coleta de lixo dos grandes geradores a partir de 1º de janeiro de 2010

A Prefeitura de Maringá vai interromper a coleta de lixo – dos grandes geradores -, a partir do dia 1º de janeiro.

A interrupção do serviço já estava prevista no plano de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos do município.

A estimativa é de que pelo menos 100 estabelecimentos, como escolas, restaurantes e supermercados, indústrias e hospitais, terão que se adaptar.

Muitos já se adequaram, mas ainda existem aqueles que deixaram pra última hora e poderão enfrentar problema.

Como antes todo o lixo ia para o aterro, levado por caminhões da prefeitura, não havia o cuidado de fazer um gerenciamento correto, mas agora, com a nova política e a necessidade de pagar aproximadamente R$ 300 por tonelada de lixo descartado, muitas empresas estão fazendo reciclagem e separação, fazendo com que a quantidade gerada caisse substancialmente.

Em alguns casos a quantidade de lixo que sobra para ir para o aterro cai mais de 50% após a seleção.

Fonte – Jornal O Diário do Norte do Paraná de 08 de dezembro de 2009

Foto – So Cal Metro

————————————————————————————–

A mudança na coleta de lixo municipal, embora tenha sido anteriormente anunciada, de fato assustou muita gente. Mas a Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, datada de 1981, já previa que o GERADOR é responsável pelo seu resíduo – e não, portanto, o Município -. A mudança nada mais é, portanto, que o cumprimento da legislação.

O gerador deve, primeiramente, ter uma proposta de manejo. Cada tipo de resíduo pode ter diversas formas de destinação final. E a cada dia surgem novas pesquisas possibilitando o reuso daquilo que era simplesmente descartado em aterros. É importante que as empresas sejam assessoradas neste sentido. Por que simplesmente pagar para os seus resíduos serem transportados e destinados, quando podem, de forma inversa, ser revertidos em lucro?

Além disto, muitas vezes é possível aplicar mudanças de gestão no empreendimento que causam significativos impactos no bolso do empresário. Exemplos disso são a redução no consumo de água e de energia elétrica, a redução de desperdícios de matéria-prima, a melhoraria no ambiente de trabalho, a diminuição de riscos de acidente de trabalho e acidentes ambientais, dentre tantos outros.

Por esta razão, o empresário deve se preocupar muito com a qualificação do profissional contratado, buscando uma empresa séria e com experiência no mercado, para que não fique ‘na mão’ quando mais precisar.

Muitos empresários, no começo, relutavam em contratar esse tipo de serviço. Porém, os resultados obtidos passaram a mudar esta mentalidade. É muito satisfatório ver a diminuição do desperdício e o reaproveitamento daquilo que antes era simplesmente descartado. A empresa passa a ter lucro com a reciclagem e economiza na produção.

Letícia Kochepki de Brito
Advogada e Auditora Ambiental
Suporte Ambiental Assessoria e Planejamento
www.suporteambiental.com.br
44 3031-1745 – Maringá/PR